domingo, 30 de setembro de 2007

RAÇA IRRACIONAL

Ao ouvir seu nome, Wilson abaixou o jornal e percebeu que quem lhe chamara era seu cão, sentado à sua frente e encarando-o.
- Más noticias, hein? – disse o animal, com ar de pesar.
Wilson sempre estranhara o comportamento do cão, que apesar dos maus tratos dado pelo dono devido à falta de recursos, sempre aparentava ser o mais amigável possível. Mas ouvir o animal falar não era algo que ele compreendia. Tapou a imagem do cão de seu campo de visão com o jornal e voltou a lê-lo. Jonas, o cão, subiu no sofá ao lado de seu dono, e insistiu.
- Não adianta me ignorar. Você sabe que um dia ou outro isso iria acabar acontecendo.
O homem resolveu ceder, e disse:
- Em trinta e sete anos os únicos animais que eu ouvi falar foram papagaios. Cães não falam. Por que diabos você resolveu me atormentar?
- Besteira. – respondeu Jonas – Eu sempre falei. Você que não ouvia.
- E qual motivo eu tenho para te ouvir agora?
Jonas encarou Wilson, e balançou a cabeça em direção à TV.
- Veja. – disse o cão.
O noticiário mostrava uma reportagem sobre a maior indústria da cidade. Essa indústria fabricava móveis e devido a um pesado investimento tecnológico, estava demitindo todos os funcionários e mudando-se para outra cidade, onde inauguraria uma fábrica muito maior e mais bem equipada. Cerca de um terço da população da cidade dependia daquela indústria diretamente. Outro terço dependia dela indiretamente, e o terço restante eram funcionários públicos.
A economia era precária. A falta de saneamento afetava noventa por cento da cidade. Nas escolas, apesar dos esforços dos professores em dar aula, faltava material didático, e as epidemias eram freqüentes devido ao acúmulo de crianças nas apertadas salas de aula. Nos hospitais faltavam médicos e remédios. Os pacientes que agüentavam esperar para serem atendidos voltavam para a casa sem resolver seus problemas e acabavam recorrendo às receitas naturais. Os que não agüentavam esperar morriam. O futuro da cidade acabava na fila do hospital, à espera de socorro.
O cão continuou.
- Veja vocês. Olhe o estado em que se encontram. Durante anos e anos essa cidade sobreviveu à custa de uma única fábrica. Fábrica essa a quem vocês dedicam a vida inteira para enriquecer os bolsos de seus donos, enquanto vocês não tem nem móveis decentes em suas casas, se é que dá para chamar isso de casa. E agora vocês são chutados de lá. Estão pisando em vocês como se pisa numa barata para matá-la. Só irão parar quando ouvirem o barulho do estalo de seus esqueletos. Então terão a certeza que vocês estarão mortos.
- Cale a boca, seu animal! Durante toda sua vida eu te dei abrigo, comida, nunca te faltou nada. Agora você vem falar essas coisas. Acha que não sei? Acha que não queria ter uma vida melhor? Você não sabe o que eu passo, não tem o direito de falar...
- É isso! – exclamou Jonas, em êxtase – Você sempre me deu tudo o que eu preciso e sempre lhe fui fiel. Ao contrário de seus chefes. Eles não querem saber da fidelidade de vocês. Eles não ligam. Vocês estão sendo tratados pior do que nós, reles cachorros. E é isso que te faz me ouvir. Não há mais diferença entre nós. Somos iguais.
Wilson levantou e pegou sua muleta. Um acidente o fizera perder o pé, e desde então sua perna tem apodrecido aos poucos, envolta em trapos imundos, exalando um fedor que já era comum na cidade. Saiu pelas ruas em direção à fábrica. No caminho encontrava outros companheiros de trabalho com seus respectivos cães. Alguns cachorros sem donos remexiam montes de lixos que se acumulavam por toda parte. E ao passar por eles Wilson recebia gritos de incentivos dos animais.
Aos poucos os funcionários, um a um, juntavam-se ao grupo que protestava na porta da empresa. Wilson passou por um caxote de madeira onde viu alguns ratos comentando toda aquela situação, felizes por aquilo não estar acontecendo com eles. Os homens gritavam palavras de protestos e formavam coro para reclamar. Wilson espremeu-se na multidão para chegar até o portão. Lá viu Jonas, que olhava um papel com algumas palavras.
- O que está escrito? – perguntou o animal.
“Encerramos nossas atividades por motivos de força maior.”
- Besteira. – disse, ao terminar de ler.
- Olhe eles. – disse Jonas, apontando a cabeça em direção ao grupo, que gritava – Para os donos, isso é só um latido.
- Não. – respondeu Wilson – Esse é o som que eles precisavam ouvir. Agora eles sabem que estamos mortos.
Ambos ficaram em silêncio, vendo a multidão.
- Você estava certo, Jonas. Mataram-nos igual a baratas.


Esse conto foi inscrito num concurso, o que não o torna melhor. Como provavelmente ele não vai ganhar, então colocá-lo aqui é a única forma para que vocês possam ler. Até mais, e obrigado pelos peixes. Ricardo Schneider, Ponta Grossa, 30 de setembro de dois mil e sete.

2 ou 3 Coisas que eu sei (Lembro) do Final de Semana.

Como estão vocês? Espero que muito bem, bom, escrevo para deixar algumas noticias relevantes. Primeira, o nosso Colaborador Fantasma, Rodrigo Brites, agora confirmou oficialmente que vai colaborar, quando é que ainda é um mistério. De breve espero que vocês tenham gostado da coluna da Ana. Agora temos uma conexão com New York. O que em linhas gerais não quer dizer nada, mas se você prestar atentamente atenção pretendemos aos poucos nos tornar Monopolistas dos meios de comunicação. Bom, isso é conversa de duas botas falantes, vou deixar aqui as noticias que realmente interessaram nesse final de semana, ou que me chamaram a atenção. Segura ai:

1- O Brasil inteiro parou para ver e se iludir. Disseram que quem matou a Taís (Alessandra Negrini) foi o Olavo (Wagner Moura), mas todo mundo sabe, como eu já havia adiantado que foi Pedro, O Escamoso.

2- São Paulo bate Inter de Virada e abre 12 pontos de vantagem em relação ao Cruzeiro, segundo (....distante) colocado. Essa notícia, bem como a de que houve algum atentado terrorista em algum lugar do Iraque, é quase que digna de um: "PÃÃÃÃÃTZ a mesma história sempre?"

3- No VMB (Vem Muita Bosta) o resultado dignificou a sigla. Observe atentamente o "Lobby EMO Jabá" que a Emêtevê (Fala ai Caetano) fez: Prêmio de Revelação do Ano: Fresno, Abosta Mtv (Ou seria Aposta Mtv?) Strike, e o grande prêmio da noite, que foi Artista do Ano, ficou com a banda NX Zero. Precisa dizer mais alguma coisa? Precisa sim, o Artista do Ano de longe foi o Reginaldo Rossi, a Aposta Mtv teria que ficar com o projeto paralelo do grande guitarrista Chimbinha, que se chama, The Dark Side of Pará, que é uma série de estudos que o Chimbinha tem feito sobre as sonoridades do glorioso estado do Pará. E a Revelação é claro que teria que ficar com o Delfin e sua majestosa canção sobre um amor perdido durante os ataques de 11 de Setembro. Para quem não viu esta pérola, toma ai o link: http://www.youtube.com/watch?v=NecoBo0BhEk. Percebem como a Mtv tem degringolado? Perdeu totalmente o referencial.

4- A Seleção Feminina perdeu a final do mundial para a Alemanha por 2x0. Nada além de aplausos estas mulheres merecem, pois superaram uma série de problemas e chegaram até a final. Ouso dizer que o time masculino tem muito a aprender com essa seleção. Olho nelas!

5- A Globo não sabe o que fazer com Diego "Alemão" (Quem?) Pois é, eu tenho a solução, eu indicaria ele para presidir a ANAC. Pra quem não sabe, em tempo de dizer, a ANAC é a Agência Nacional de Aviação Civil. Já que vale qualquer um mesmo, a minha indicação é essa.

6- E a mais curiosa. A prova de que o amor é cego. Uma velinha de 84 anos casou-se com um rapaz de 25. Pois é, essa é a prova de que o amor não tem idade para aparecer. Agora, por favor, não me perguntem como será a lua-de-mel desses dois. Porquê eu não quero, nem de longe, imaginar a consumação do amor desses dois.

Caixa de Prozac pra todo mundo que amanhã é Segunda-Feira!!

E agora com vocês um texto que se não reconhecido pelo concurso é reconhecido pelos imortais do Jaguardiões. Com você Ricardo Schneider com o texto: Raça Irracional. Logo Acima deste.


William Biagioli, tentando fazer comédia em um Domingo estilo Djavan. No tardar das Nóve Óras e 47 minutos, segundo Brasília. Em 30 de Sétembro.

Até a Próxima.

sábado, 29 de setembro de 2007

Todos os dias das Mães

Quando você nasceu, ninguém te ensinou a abrir os olhos, mas foi ela que estava ali esperando que você os abrisse.
Ninguém te ensinou a chorar. Mas era ela denovo que estava ali, aguentando todas as vezes que você, eventualmente com fome, ou só para encher o saco, resolvia abrir um chorare sem fim.
Ninguém também te ensinou a saciar sua fome. Mas ela com o saco cheio de te ouvir chorar, imaginou que era fome, colocou você para mamar, e hoje você só é o que é por causa disso.
Ninguém te ensinou a andar, eventualmente você iria conseguir, mas foi ela que te mostrou os caminhos. Se você seguiu-os ou não, não interessa, ela entende que até certo ponto teve influência. Pricipalmente quando te vestia com aqueles "Cojuntinhos" maravilhos da Pakalolo ou do 3 Tiger.
Ninguém te ensinou a sorrir. Mas ela estava ali toda hora e fazia de tudo pra te ouvir gargalhar.
Ninguém te ensinou a dormir. Mas se ela pudesse, pediria pra alguém fazê-lo. Com toda certeza você deixou ela boas noites sem dormir. E acha que depois de grande você deixou de fazê-lo? Ledo engano meu caro (a) leitor....
Ninguém ensinou você a beber. Por isso mesmo é que você chega em casa "um pouco bêbado" e quem está lá pra te ajudar? Ela claro.
Ninguém te ensinou as coisas elementares da vida. Mas sua mãe deu todo o significado para elas.
Afinal de contas, ela é muito especial mesmo, pois teve a paciência de ensinar você a limpar a bunda. Então todo o dia é dia das mães.


Ninguém me ensinou a escrever do jeito que eu escrevo. Até tentaram. Mas eu escrevo por escrever. E as vezes, como hoje, escrevo por saudades de você. Um texto em homenagem á minha Mãe querida, que lá de longe me protege.

William Biagioli, Dois de uma vez só, fazendo textos oportunistas que eventualmente ano que vem vão parar em alguma propaganda, de dia das mães, xinfrim de uma Farmácia ou então de uma loja de Roupas Regionais.

Até a próxima

Ouraite, e quem matou a Taís originalmente foi Pedro, O Escamoso. Mas disseram que foi o Olavo por questões contratuais. Típico da Grôbo.

Poesias Inacabadas

Esses Seus Olhos


Saudades de ver os seus olhos, muy hermosos, muy hermosos.
Saudades de escrever para os seus olhos, muy hermosos, muy hermosos.
Saudades de sentir o frio na barriga que me dava quando você me fitava
E me encarava com esses seus dois olhos, Muy Hermosos, Muy Hermosos.

Esses seus olhos, Muy Hermosos, que hoje já não mais tenho
Só me trazem no peito um remorso. Nada Hermoso.
Remorso de saber que um dia tive seu par de olhos, Muy Hermosos, Muy Hermosos.
E troquei por um par de sorrisos irrisórios.

No varejo dos corações solitários não existem par de olhos tão Hermosos.
Não tente nem procurar. Só existe sorrisos amarelos e par de olhos curiosos.
Curiosos como eu. Para saber quando verei pela próxima (e quem sabe última) vez
Esses seus dois olhos. Muy Hermosos. Muy Hermosos.


Ps: Alguém uma vez disse que, só quem tem senso de humor para ler poesias, poderia ser considerado alguém realmente engraçado. E se ninguém disse, digo eu.

William Biagioli, datado do dia 29 de Setembro às 16 horas e mais 29 minutos.

Até a próxima, e prometo tentar fazê-la brevemente.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Cinema!

CINE NEWS
por Ana Paula Pavão

Jodie Foster, em The Brave One, que estreou na última sexta-feira dia 14 e já conquista as bilheterias do país com um plano de vingança fora do usual, onde Foster interpreta Erica Bain, uma mulher que se esforça para superar a traumática mudança em sua vida encarando a violência nova-iorquina. Quem viu Jodie Foster aos 13 anos contracenando com Robert De Niro como uma jovem garota de programa em Taxi Driver de Martin Scorsese (1976) numa semelhante história de vingança que se reverte em heroísmo e se passa em nada mais nada menos que New York City, poderá avaliar não só o desempenho da atriz como também as mudanças pelas quais a cidade passou e a violência que nela ocorre. Fiquem atentos apenas ao fato que no fim dos anos 70, New York era realmente um das cidades mais violentas do mundo, o que parece um tanto exagerado na atualidade retratada em The Brave One segundo alguns críticos. Considerado um “must go” entre os que já assistiram. Só conferindo para saber!

Destaque também a 3:10 to Yuma, o novo-velho faroeste com um toque de modernidade no quesito moralidade e efeitos. Baseado num original de 50 anos mas tem tudo para ser visto pelos fãs de faroeste que desejam algo mais que cowboys fora-da-lei contra índios sanguinários. Russel Crowe e Christian Bale dão conta do recado!

Para toda a família que ainda não viu, The Simpsons Movie ainda está nas salas de cinema garantindo bom humor. Vale a pena conferir antes que saia das telonas.

PRINCIPAIS ESTRÉIAS (sexta-feira 21 de setembro)
Chegando o fim da semana do festival de cinema de Toronto no Canadá, bons filmes são lançados mundialmente, como EASTERN PROMISES do diretor David Cronenberg, com Viggo Mortensen numa trama que vai dar o que falar.
Aos fãs de comédia romântica, Jessica Alba está em GOOD LUCK CHUCK, e para os fãs do terror, RESIDENT EVIL EXTINCTION, com Milla Jovovich.

Perguntas e sugestões no e-mail cnewscine@hotmail.com
Um abraço e boa pipoca!


Coluna semanal de Ana Paula Pavão, publicada no jornal Comunidade News - http://www.comunidadenews.com/Frontpage.php

Com vocês, ANA PAULA PAVÃO

Senhoras e senhores, é com grande prazer que tenho a honra de apresentar a mais nova integrante da patota do Jaguardiões. Sim pessoal! Resolvemos abrir os cofres e nos disponibilizamos a pagar um altíssimo salário de dois suspiros e uma maria-mole para ter a ilustre presença dela, diretamente de New York, New York, com vocês: Ana Paula Pavão!

Ana Paula Pavão é formada em letras com especialização em Português e Inglês pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (vulga UEPG). Cinéfila, Ana Paula mora em New York, onde leciona English for Students of Languages (vulgo ESL). Ela escreve uma coluna semanal sobre cinema que vai ao ar toda terça-feira no jornal Comunidade News ( http://www.comunidadenews.com/Frontpage.php ), publicado em New Jersey, New York e Connecticut. E é essa coluna que vocês terão o privilégio de acompanhar aqui no blogue. Sim, sim! Viramos internacional! Sem mais delongas, vamos aos fatos, ou melhor, às fotos!



Ricardo Schneider, muito feliz com a contratação, 2007.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Deixando rolar

Quando abri essa página, apos ter lido um dos textos de meu amigo william, nao tinha a menor ideia do que escrever.
Por que sera que a idéia não pode aparecer na hora que a gente quer, ou precisa, ne?!
Ela podia ser uma pessoa, daquelas bem boas, que sempre que voce chama, ela aparece.
IDEIAAAAAAAAAAAA, VEM CA, POR FAVOR!?

E ai ela chegaria....

(PAUSA DE 30 SEGUNDO)
Suspiro

....Droga, mas ela não ta vindo...
E agora? O que fara a pessoa que vos fala?

Nada.. Deixa rolar...
As vezes a ideia pode ser simpatica, e dar as caras...

Ahh mas ja que ela nao quer MESMO aparecer, vou comentar sobre o que aconteceu ontem, ou anteontem: terminei de ler um livro. (ate ai, normal)
....Mas eu chorei.

E foi naquele momento que eu percebi que uma historia bem contada pode nos transmitir sensações que a gente jamais pensou que pudesse sentir lendo...e melhor ainda: Foi naquele momento que eu, realmente percebi como as palavras tem poder. Podem transformar, podem alegrar, podem machucar, podem falar a verdade ou nos cobrir de mentiras...
É uma bela arma...
Mas nem sempre a usamos como deveriamos, nem sempre encontramos a palavra certa, mas elas sao infinitas... para todas as horas e para todos os momentos.

Eu amo as palavras....



Por Tassiana GHORAYEB- hoje, 26/09, resolvi usar o meu belo nome do meio, com decendencia terrorista (mas é so na pronuncia, ta)
Deixei rolar....

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Divagâncias Elegantes

"...Era um homem justo. Quando dividiu o pão e o vinho não cobrou nada, nem mesmo os 10%..."


Pois é senhores, acho que temos que aprender com esse homem.


William Biagioli (depois de alguns dias de férias, retorna em: Vinte e Cinco de Setembro de 2007, e há 3 meses do Natal.)

Ps: Feliz Aniversário ao amigo Bruno Allucci, criador, idealizador, detentor, postador, protetor, com louvor, sem frescor, do mêlhor blog de Publicidade do Universo e por que não da Via Láctea, ainda não sabem qual? Então olhe na barra da direita ali, e vá buscar DIRETO NO FORNO!!! Um abraço pro companheiro que sempre cita o infâme Blog no qual vossas senhorias tem a petulância de adentrar.

Até mais.!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O MANIFESTO VIRTUAL

DEUS SABIA O QUE FAZIA?



Ziraldo disse que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança e a humanidade falhou porque Deus não havia se testado em conjunto antes. Mas será que quem falhou foi a humanidade ou teria sido o próprio Deus? Nessa edição d'O Manifesto vamos questionar a criação do planeta descrita na bíblia e refletir sobre a raça humana e suas consequencias para a história do planeta. Ou não.



Primeiramente Ziraldo estava errado. Deus estava cercado sim, provavelmente por seu pai, sua mãe e alguns poucos amigos que o suportavam, quando fez a raça humana. Isso porque ele fez Adão à “nossa imagem e semelhança”, no plural, provando que ele não estava sozinho. Além disso, quando expulsou Adão e Eva do Éden, mandou arcanjos cercarem o jardim para ninguém voltar lá. Ora, se ele não disse “façam-se arcanjos”, isso significa que eles já estavam prontos. Politeísmo? Vai saber. Melhor é pensar como Millôr Fernandes, que disse que “Deus é bom. Está é muito mal cercado”.



Deus sabia o que fazia?
Deus fez o mundo e tudo o mais em apenas sete dias. Ao contrario do que todos pensam, ele não descansou no sétimo dia. Ele terminou de fazer o que tinha começado, e depois fez uma festa para comemorar. Mas em sete dias? Talvez seja esse o motivo para que o planeta não tenha dado certo. Em sete dias ele fez tudo, mas não planejou o que estava fazendo. Foi fazendo e vendo se dava certo. O que não dava, ele mudava. Deus é um cara muito impulsivo. Tente abrir uma empresa em sete dias. Tente fazer uma monografia. Tente conhecer uma pessoa. Tente aprender a jogar rúgbi. Ou melhor, tente sobreviver a um jogo de rúgbi. Tente escrever “O Manifesto”. “Mas ‘O Manifesto’ é semanal!” É verdade, O Manifesto é feito em uma semana. Por isso que ele sai assim, ninguém planeja o que colocar nele!


Salve-se quem puder
O planeta não é um lugar para pessoas boas. O fruto proibido só era proibido por que daria sabedoria e abriria os olhos de quem o comesse. Quando os pombinhos o comeram, foram punidos. Deus deve estar feliz por que hoje as pessoas normalmente não têm sabedoria e nem abrem os olhos para o que acontece no mundo. Além disso, Ele expulsou Adão e Eva do paraíso e mandou cercar o lugar para que não voltassem lá. Ou seja, a Terra é o lugar feito para que os “pecadores” vivam.



Ah não, Adão!
Adão estava lá, no Éden, nú. Cansado de ficar dando nome em todas as coisas e sem ter um tabuleiro de Resta Um para poder passar o tempo, Deus resolveu dar-lhe uma mulher. Antes de começar, vamos ter um flashback:
Deus disse que o homem foi feito da terra e a terra retornará. Ou seja, ele era fruto do planeta. Sendo assim, todo mundo tem terra (sem trocadilhos, por favor!). Depois dessa infâmia, voltemos à mulher.
Deus fez o céu, a terra, o dia, a noite, a luz, a escuridão, os animais selvagens, os animais domésticos (mesmo sem haver casas naquela época), as aves, os peixes, os animais que rastejam, o homem e tudo o mais. Pois bem. Ele fez tudo isso só falando. E por que raios ele precisou usar uma costela de Adão para fazer uma única mulher? Essa mulher, que Adão chamou de Eva e que depois de muitos anos acabou virando uma banda de axé, logo fez besteira e acabou falando com uma cobra. Havia dois seres humanos na Terra (um era ela e o outro era o único homem disponível), e ela preferiu falar com uma cobra? Dizem as más línguas que isso aconteceu depois que Adão brochou pela primeira vez.



Curiosidade
Em 1650, o arcebispo James Ussher, da Irlanda, estudou a bíblia e outras fontes históricas e chegou a uma das mais impressionantes conclusões que um homem poderia chegar. Eis a conclusão: “A Terra foi criada ao meio-dia do dia 23 de outubro de 4004 a.C.”



Com a palavra...
Todo ser humano que por algum motivo possui um chefe sabe que desobedecer as ordens dele é mancada. Mas Deus tinha pouco poder de comando. Mandou que Adão e Eva não comessem o fruto proibido, e sua ordem foi logo desrespeitada devido ao poder de persuasão de uma serpente. Diz a história que a cobra era o animal mais esperto do Éden. Parece que foi até mais que Ele.

Deus teve culpa
A cobra foi criação do Criador. A mulher também. O homem também. A árvore que continha o fruto proibido também. A idéia de colocar tudo isso junto também foi obra Dele. Só poderia dar no que deu.

Nessa edição do manifesto os textos continuam sendo escritos por Ricardo Schneider (www.jaguardioes.blogspot.com). A foto de Adão na capa você encontra pesquisando no Google por “macaco”. As charges são do mestre Millôr Fernandes, e você as encontra em www.millor.com.br (leia-o na Veja ou em um de seus livros). Se você acha que o que está escrito aqui é uma grande besteira, tudo bem, nós achamos o mesmo e não fazemos questão de sermos levados a sério. Se você achou que faz sentido, leia o livro do Gênesis, na Bíblia, e você vai ver que realmente faz sentido. Se você não aprendeu a ler ainda, coma o fruto proibido. Ele está realmente proibido, mas você ainda o encontra no mercado negro. Até a próxima, e desculpa alguma coisa.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Tem pizza na geladeira

Essa frase ficou em sua cabeça. Ao ler o bilhete deixado sobre a mesa, não esperava ter lido a última mensagem deixada por ela.

Na noite anterior tudo estava normal. Lucas chegou em casa como todos os dias após trabalhar exaustivamente em uma reportagem sobre um político estava desviando verba de um projeto para crianças carentes para sua conta pessoal. Todas as provas haviam sido levantadas e comprovava-se que as crianças iriam ter que esperar a abertura de uma futura CPI para poderem fazer o que toda criança deveria fazer, brincar.
Após fechar a matéria e sair da redação, Lucas dirigiu-se ao Tom Jazz, onde se encontrou com Ângela. Seguidamente ele recorria a esses encontros com o pretexto de “ouvir uma boa música, fumar charuto e beber vinho”. A verdade é que ele se apaixonara logo na primeira conversa que teve com Ângela, quando ela, então repórter da Folha Ilustrada, perguntara-o em uma entrevista qual era seu gosto musical, e ao responder que era Jazz, Ângela falou de Dave Brubeck. Todos sabiam que Lucas é um amante de Jazz, e na ocasião Dave Brubeck estava de passagem pelo Brasil e tocaria no Tom Jazz. Ela fazia a reportagem sobre essa visita, e escolheu Lucas como “a pessoa mais indicada para a ocasião”. Lucas, por sua vez, escolheu Ângela como sua acompanhante na noite do espetáculo. Ela aceitou o convite.

Três meses depois, após vários encontros, os dois voltaram ao lugar onde tudo começou. Dessa vez Lucas pediu Ângela em namoro, para oficializar a relação. Foi a primeira vez que ela dormiu na casa dele.

No dia seguinte, Lucas lia aquele bilhete sem entender. “Tem pizza na geladeira. Desculpa alguma coisa. Adeus”.
Lucas pegou o telefone e ligava insistentemente, até que a empregada atendeu.
- Alo.
- Amélia, o que aconteceu?
- Olha, seu Lucas, com aquela mulher na sua casa eu não volto. Isso não se faz. Você não sabe o susto que eu levei quando encontrei ela na cozinha! Se ela vai invadir minha cozinha, tudo bem, eu saio.

Amélia voltou ao apartamento de Lucas, mas apenas para receber seu acerto. Lucas insistiu para ela continuar trabalhando, mas não adiantou. Depois de um ano, mais ou menos, o casal se casou, e hoje tem uma filha. Dave Brubeck continua sendo o músico preferido dos dois. As crianças carentes cresceram e pararam de brincar. Quanto ao deputado, ele continua deputando. E a pizza? Está na geladeira.

Ricardo Schneider, vinte e um de setembro de 2007

Uma popaganda, tio!

Durante os dias 17 a 21 de setembro ocorre o Congresso Internacional de Administração. Como em todo congresso, ele só serve para duas coisas: 1)os alunos descansarem das aulas; 2)fazer uma festa de encerramento. E é essa festa de encerramento que interessa. Ela ocorre HOJE, no Empório. Os ingressos estão custando dez reais e podem ser comprados com os acadêmicos de administração do terceiro ano da UEPG ou então no próprio congresso, no Shopping Palladium. Vale à pena conferir!

Ricardo Schneider, vendendo ingressos.

Textículo

Certa vez, um porco falou. Espantado, seu dono ficou sem saber o que fazer. Não encontrando coisa melhor para dizer, o dono perguntou:
- Você fala?
E o porco respondeu:
- Sim.
- E porque não falou antes?
- Porque só agora você me tratou de igual para igual. Quando eu era tratado como um porco, por mais que eu falasse você não escutaria.
Qualquer semelhança com as classes sociais é pura coincidência.

Ricardo Schneider, O Manifesto n.2, Setembro 2007

O buraco é mais em baixo

Enquanto isso, numa consulta pelo SUS...
- O que você tem não é nada demais.
- O que é doutor?
- Uma virose. Coisa pouca.
- E o que eu faço para sarar?
- Vou te passar uma receita. Você toma esse remédio todos os dias, durante uma semana, após as refeições.
- Ma-mas doutor, como eu faço para conseguir isso?
- Eu vou te dar uma amostra grátis. Se acabar você vem pegar outra.
- Não doutor. Como eu faço para conseguir as refeições?

Ricardo Schneider, O Manifesto n.2, Setembro 2007

Um Brinde!

O Dia Nacional do Administrador surgiu no dia nove de setembro de 1965. Para comemorar tal data, todos os então recém proclamados administradores se reuniram no bar mais próximo, logo após o expediente, e brindaram com muita cerveja e uísque. A comemoração só terminou quando o último saiu do bar (carregado, é verdade), e isso deixou os bebedores muito contentes. Foi então que surgiu o “Dia Nacional do Happy Hour”, que desde então é comemorado todos os dias, logo após o final do expediente, no bar mais próximo, como reza a tradição.

“O melhor amigo do homem é o uísque, uma espécie de cachorro engarrafado”
Vinicius de Moraes

“Estou de dieta de água, chá, café e suco de frutas. Bebo tudo, menos isso”
Fausto Wolff

“Deve-se beber com moderação, independentemente da quantidade”
Millôr Fernandes

“Alcoólatra é aquele que bebe mais do que o seu médico”
Arthur Bloch

“O bar é o descanso do lar”
Abel Silva

Ricardo Schneider, O Manifesto n.1, setembro 2007

O futuro da humanidade a ela pertence

Quando Deus criou o mundo, Ele criou algumas criaturas para dominar o planeta. Essas criaturas eram fortes, e os outros animais as respeitavam muito. Mas algo saiu do controle, e como Deus é um cara bacana e vive mudando de opinião, decidiu que a raça dominante deveria ser inteligente, não mais forte. Mandou um meteoro acabar com os dinossauros e fez essas criaturas inteligentes, as quais chamou de “homem”. A raça humana também não deu certo, mas Deus não pretende mandar um meteoro para cá novamente. Ele acha que não será necessário. O que Ele vai fazer? Deixar que os homens vivam, pois do jeito que a coisa tem andado, é assim que eles morrerão.


Ricardo Schneider, O Manifesto n.1, setembro 2007.

Estou de volta

É doutor, estou de volta na praça. E dessa vez será uma arrogância. Isso porque eu passei um tempo sem escrever para o blog, mas continuei escrevendo para “O Manifesto”. Sendo assim, há um pequeno arquivo de textos que será despejado todo de uma vez. Viva la revolución! Espero que agüentem ler tudo, e se não agüentarem também azar. Para aproveitar o post, vai ai um breve texto:


A HÍSTORIA DO LADRÃO ANÃO QUE ROUBOU UM BANCO E FOI MORTO BALEADO
Era uma vez um ladrão que roubou um banco. No assalto ele morreu baleado. Ah, esqueci de dizer, ele era anão.

Ricardo Schneider, 21 de setembro de 2007

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Começa com era uma vez...

Minha vez de escrever um texticulo.
Sim... ele começará com ERA UMA VEZ...acho que tenho esse direito, ne?!
Serei breve.
É que isso está engasgado...
Ainda mais agora que uma grande amiga minha passa por crises emocionais e psicologicas... tem tudo a ver.

Era uma vez...
....o amor.
Ai ele me bateu...
... mas nao sei porque ele fez isso!
So que eu bati de volta... Bati muito mais forte.
Ai a gente brigou.
Agora a gente nao se fala mais.
Minha mae me perguntou se eu nao ia ficar de bem com ele, mas eu nao soube responder.
E por hoje FIM.


Bela fabula....

POr Tassiana Resende - solidaria a amida entristecida por essa coisa que chamamos de amor.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Na hora da Janta

Encontrei esse blog jogado no canto, atirado as traças, completamente embriagado e beijando a sarjeta. Vim aqui dar um jeito na situação. Afinal de contas isso é um blog sem comentários ou um blog sem escritores? Afinal conseguimos o esperado! Um blog sem estilo. Já perceberam? Em qual raio de escola literária nos enquadramos? Nenhuma. Pode-se dizer que somos cronistas? Claro que não!, afinal de contas não escrevemos crônicas, ou se escrevemos, não sabemos. Nem que somos um Periódico. Afinal de contas você humilde leitor já deve saber que peridiocidade e sazonalidade assim como outros temperos e destemperos não são nosso forte. Não somos a Massa e nem o fator Massificante. Muito menos O Massa. Nós não somos Parnasianos e nem Filsófosos. Nós somos os Jaguardiões (berguê nós somos chiques). Muito prazer. Nós somos parte de um time seleto que as vezes vai ao cinema às segundas-feiras por volta das três horas da tarde. E sequer lembra da consciência. Para não falar no peso dela hein? Boa Noite e Boa Sorte.

William Biagioli (Comprovante de pagamento da sessão, seção ou Ceção? do cinema por volta das três horas da tarde, na mão e algumas idéias na cabeça).

Até a próssima.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Textículo II

É indescritível a forma como os cães ladram na rua Cosme Velho quando o caminhão de lixo passa. Não pela rua, nem pelo lixo, nem pelo caminhão. Mas sim pelos próprios cães, que veem sumir seus alimentos todas as noites de terça, quinta e sábado. Só quem não tem culpa é o Cosme, que realmente está velho, e fica admirando a rua todo fim de tarde, na varanda de sua casa, dando migalhas aos pardais. Esses sim, não ladram.

Ricardo Schneider, igualando, 12 de setembro de 2007

Textículo

Quando a velha senhora olhou o rato morto no chão de seu quintal, logo se preocupou com alguma possível doença contagiosa. Coitada. Ninguém se preocupa com o gato numa hora dessa. Se ela tivesse se preocupado com o gato, poderia estar prevenida do ataque de um terrier, que procurava outras vítimas. Talvez dessa maneira ela sobrevivesse, nem que fosse pra ficar doente.

Ricardo Schneider, doze de setembro de 2007

terça-feira, 11 de setembro de 2007

LULA IN LOVE!

Não adianta tentar esconder, não adianta tentar disfarçar meu querido presidente. A verdade está ai e nem mesmo um cego deixaria de vê-la. A verdade é essa: Povo brasileiro, do Brasil, nosso presidente é um eterno romântico. É querido companheiro, te desmascarei! Por trás daquela figura barbada, bonachuda e até certo ponto mal informada, mora um coração que bate forte toda vez que um nome surge. O nome, todos nós sabemos qual é: Marisa Letícia. Pois é, o nosso presidente se derrete ao lembrar dos momentos de dureza, tão raros hoje né senhor presidente?
Conto a verdade, antes que me acusem de leviano. Quando Lula e Marisa eram jovens e tinham o mundo pela sua frente e nem um mísero trocado no bolso, (Dramalhão Mexicano? Qualquer semelhança com a realidade Copiraite de Maria do Bairro neles!!!, eles eram a inveja de todos os outros casais conhecidos. Como podiam ser tão apaixonados? Como suportaram tanta dureza? Pois é meus caros, eis então que entra o amor incondicional de um homem por uma mulher. No dia de seu casamento, Dona Marisa chegou ao pé do ouvido de Lula e perguntou:

"- Amor, hoje é o dia de nosso casamento, posso te fazer um pedido?"
O presidente em seu caráter mais pró-ativo, prontamente respondeu:
"- Claro amor da minha vida, o que é que você quer que eu faça?"
Dona Marisa com um brilho de um Teletubbie no olhar disse:
"- Me leve para conhecer o mundo?"
E Lula não exitou, antes que ela mesma pudesse respirar novamente ele disse:
"Claro! Por você tudo meu amor!"

Mas como todo bom bonachão bêbado que faz promessas no calor do momento e da bebiba, no dia seguinte o bom metalúrgico, funcionário exemplar, pensou direito no problema que tinha arrumado para si. Como raios ele faria para levar sua esposa para conhecer o mundo se eles não tinham dinheiro nem para sustentar os molusquinhos que estavam por vir??? Estava fodido.
Pois é meus senhores, a partir desse dia Lula trabalhou como um incansável, eram jornadas de horas e horas a fio para ter alguma idéia. Até que a idéia surgiu. E um dedo sumiu
Como era um homem muito respeitado no meio metalúrgico, Lula foi alçado a condição de líder, lutar pelos direitos de seus semelhantes. Um Robin Hood trajado de torneiro mecânico. Que para sua tristeza, não, não mexe com torneiras. Eis então que com mais alguns amigos, que ele sistematicamente chama de companheiros, justamente para não cair na contradição: Amigos Amigos. Negócios à parte. Sabe? Como é tudo companheiro, na hora do álibi fica mais fácil.É só dizer: "Ele só é meu companheiro. Nem conheço ele". Mas voltando ao fio para não perder a meada. Eis então que percebendo que se concorresse à presidência do Brasil tudo ficaria mais simples. Oras, sendo presidente, ele teria que fazer viagens ao redor do mundo. Viajando ao redor do mundo ele cumpriria sua promessa.
Tomado de um nobre sentimento que é o de realizar os desejos de sua mulher, Lula Luís da Silva Inácio concorreu por 4 vezes ao cargo mais nobre da nação. O de mandatário geral da nação. Ou como corre pelos corredores do Senado: O Diretor Geral da Peça. Depois de fracassadas 4 tentativas o povo começou a sentir uma certa pena do candidato que falava engraçado, suava as bicas nos debates e que não tinha medo de ser o que era. Um homem tentanto realizar o desejo de sua fêmea.
O povo, muito esperto, percebeu isso, e selou um acordo com ele, o povo o elegeria para ele cumprir o desejo de sua amada. A maior parte da população letrada prende-se aos escândalos, as roubalheiras e as falcatruas. Mas quando Lula diz que não sabe de nada. Ele não sabe mesmo. Está muito apaixonado por sua donzela para se preocupar com pequenezas. Uma vez no poder Lula pode cumprir sua promessa, levar sua amada para conhecer o mundo, mas não contente ele foi além, COMPROU UM PRÓPRIO AVIÃO!!! Vem cá, tem coisa mais romântica do que levar sua amada, com todas as pompas e circunstâncias de um estadista, em um avião totalmente novo e a sua disposição a qualquer hora do dia e da noite, para qualquer lugar do mundo, e sem gastar nenhum tostão? Cara, eu só tenho que tirar o chapéu para esse homem. Mirem-se no exemplo do senhor presidente.
Afinal de contas, como mandatário geral da nação, ele pode ser lembrado como o presidente do amor. Lula in love.


William Biagioli, escreveu esse texto com um livro de Ironia em uma das mãos e uma boa dose de sarcasmo, dessas que já não vendem mais no supermercado. Só sob encomenda.

Escreveste no dia 11 de Setembro de 2007, as precisas Déiz horas e seis minutos finalizaste. Um abrassão e até a próxima.

(EX) Canção do Exílio

Canção do Exílio Reloaded. Atualizada.


'Minha terra tinha Palmeiras, Corinthians e Flamengo
Onde agora existem as S/A's.
Minha terra também tinha palmeiras, pau-brasis e até jacarandás.
As aves que aqui costumavam gorjear.
Não mais gorjeiam por acá.

Nosso céu tem mais estrelas.
E mais ladrões para roubar.
Nossas várzeas tem mais flores.
Mas não as podemos tocar.
Nossos bosques tinham vida.
E nossa vida é só desamores.

Não permita Deus que eu morra, sem que eu tente por aqui mudar.
Sem que desfrute os primores de um belo país. Poder relaxar e gozar.
Se ainda avista um pingo de esperança. Errado não deve estar.
É por que como nós ainda ouve cantar um sabiá."


William Biagioli, com direito ao voto secreto e sigiloso amparado pela excelente máquina administrativa que é o Brasil.

Até a próxima.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Ao mestre. Com carinho.

Todos nós temos pessoas das quais nos inspiramos, admiramos ou até mesmo copiamos certas coisas. É dessa última técnica que eu me permiti o uso. Eu sorrateiramente capturei algumas palavras de Millôr Fernandes (O mestre) e vim aqui reproduzi-las. Ao mestre Millôr com todo o carinho. Com o charme de um ladrão de palavras. Mas que fique bem claro. Boas palavras. Muito Boas. Aí vai:

"Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não fazer aquilo. Interrompem sempre o que a gente está fazendo pra mandar fazer outra coisa que a gente não quer, mas quando a gente interrompe eles por qualquer motivinho o menos que apanha é uma espinafração na frente dos de fora. Adulto promete muita coisa, agora fazer mesmo que é bom eu nunca vi. Quando a gente cobra, eles dizem que menino chato ou então falam esqueceram e vão fazer no domingo que vem. Eles sempre dizem que no seu tempo não era assim mas nunca fazem o que obrigam a gente a fazer, como apanhar tudo o que caiu no chão, andar sempre limpo e dizer somente a verdade. Os adultos também obrigam a gente a vestir muito limpinho pra ir nas festas mas eles mesmos vão de qualquer maneira que às vezes, até dá vergonha, como aquela calça toda apertadinha da mamãe e aquela toda largona do papai. Eu quando crescer vou ser adulto só porque sou obrigado senão eu ia ser sempre pequenininho."


"Eu quando puder ser sempre pequeninho, gostaria de ser gente grande igual o Millôr."
(WiLlIaM BiAgIoLi)



William Biagioli, na incrível marca de duas postagens em um só dia. Com a ajuda de Millôr Fernandes. (Sem o seu hával) Beijos na testa e até a próxima.

Dia 10 de Sétembro de dois mil e 7

Adeus.

Em breve mais enquetes e se DEUS quiser, Millôr Fernandes dando o seu avál a merda para os Jaguardiões.

Lembranças de um Amnésico.

Tudo óquêi ou não com os senhores?


O senhor Amnésico se lembrou do que tinha esquecido. Se lembrou de que ia cogitar a possibilidade de entrar com um requerimento em três vias no Congresso para dar início ao processo do...do...do...Seu Amnésico voltou ao doutor. Havia se esquecido novamente.


Mas ele era um bom brasileiro. Eu ouvi alguém dizer isso no fundo da alma?


William Biagioli dia 10 de setembro de 2007.

sábado, 8 de setembro de 2007

Desenvolvendo a criatividade!

Boa Tarde. Antes de mais nada, eu consegui me recordar do login deste belo blog, e ca estou para publicar um texto.
Ontem eu e minha amiga (natalia) iriamos viajar. Mas por que sera que o verbo IR esta conjugado no futuro do preterito? Porque a ação nao se concluiu, e se torna apenas uma suposição. Deu pra entender? Bom... continuando.
A noite nos encontramos, e foi entao que a pessoa que vos escreve pegou um guardanapo e uma caneta. Iniciou-se o texto numa frase. Natalia continua. Tassiana de novo, Natalia, Tassiana, Natalia, Tassiana.. e assim nasceu o proximo texto que sera publicado a seguir.
(para demonstrar os graus de criatividade desta dupla nomearei as frases com N-tratando-se de natalia- e T- de tassiana).
BOa leitura.

"Era uma vez uma menina. Ela nao tinha brinquedos para brincar pois ela precisara trabalhar. (t) Entao ela resolveu unir o util ao agradavel e foi trabalhar em uma loja de brinquedos, onde todo fim de mes ela gastava seu salariozinho suado com bonecas, ursinhos e tudo que tinha direito.(n)
Ate que um dia ela cresceu... e se apaixonou pelo menino da loja da frente(t)mas o menino pertencia ao narcotrafico local e por este pequeno motivo os pais desta menina eram contra o namoro.(n)
Entao a menina, que se chamava Angela, resolveu tomar uma atitude: fugiria com o menino por este mundo a fora. (t) Acabou vendendo coco nas praias do nordeste, mas chegando la o destino lhe pregou uma peça:ela se apaixonara por um pescador bonito, forte, alto e sensual. Angela largou seu antigo amor pelo pescador dos olhos cor de mel (n).
Mas nem tudo que reluz é ouro. O pescador era uma pessoa MA. E na calada da noite ele pegou seu travesseiro e sufocou a pobre Angela, que levou consigo seus sonhos e amores. O pescador mau vendeu os orgaos da vitima e com o dinheiro que conseguiu fugiu para Londres. (t)
Pobre de nosso anjo Angela(n).
A mascara do pescador havia caido e em Londres ele tentou aplicar o mesmo golpe mas foi surpreendido pela policia inglesa que cuidou em dar um fim nisso tudo; o pescador acabou seus dias no xadrez (t).
Moral da historia: Nao jogue pedra no telhado do vizinho."

Um otimo resto de sabado e um belo domingo para voce, leitor.

Por Tassiana Resende e sua amiga Natalia!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

O Portuga já previa

Saíram os dois, jovens ainda, e logo após começarem a andar pararam no primeiro bar, a cerca de cinqüenta metros de onde haviam se encontrado. Ao entrar no bar, espantando os vira-latas que protegiam a porta, foram logo ao balcão, onde o velho português ouvia atentamente a transmissão do jogo do “meu Palmeiras” (segundo ele) em um velho rádio encostado na estante. Os dois jovens pediram logo uma “mineirinha”, que foi servida prontamente nos pequenos copos, característicos, de cachaça. O Portuga suspirou, e disse “essa pinga é um uísque!”, como que numa previsão do que os jovens iriam beber. Tinha razão, era uma das melhores já provadas pelos dois, que, após beber o trago, sentaram numa mesa e beberam uma cerveja. E conversavam, enquanto o Palmeiras jogava ao fundo, sobre Corinthians e São Paulo, provando que torcedores rivais podem viver em harmonia. Depois falaram sobre cinema e pornografia, pra não perderem o costume.
Foram para a festa, onde lá sim beberam uísque, provando que o Portuga sabia das coisas. Uma garrafa, com mais quatro amigos. Não falaram sobre futebol nem sobre cinema, mas sim sobre mulheres e pornografia, para continuar a não perder o costume. Hoje eles sairão de novo sem saber aonde ir, para não perder o costume, e falarão sobre o que vier na cabeça, entrarão nos lugares que acharem melhor e farão o que quiserem, pois é isso que os faz terem o costume de serem autênticos.


Ricardo Chinaider, com duas pedras de gelo, sete de setembro de 2007

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

INFORMATIVO

Hoje, dia seis de setembro de dois mil e sete, na Universidade Estadual de Ponta Grossa, vulga UEPG, entra em atividade "O MANIFESTO", que poderá ser encontrado em algum mural do campus central. O tema dessa edição é "Happy Hour".

Ricardo Schneider, seis de setembro de dois mil e sete

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Naquela tarde de quarta-feira

Tudo o que se sabia sobre eles é que eram Jovens. Nada podia-se afirmar sobre seus caráteres. Apenas que eram jovens e puros. Seus cabelos esvoaçantes, seus olhares firmes e convictos indicavam a direção para onde iam. Sempre em frente. Nada podia-se afirmar sobre seu próximo destino. Mas sabiam que era sempre em frente. Ninguém podia julgá-los pelo jeito de se vestir. Apesar de andarem sempre rotos, possuíam bons motivos para não se preocupar com suas vestimentas. Queriam exatamente dar a impressão de que não se preocupavam com o fato de que as pessoas se importavam com seus jeitos de trajar as roupas. Adoravam ficar contando histórias até altas horas da madrugada. Outro ponto, não se importavam muito com o horário. Dormiam a hora que sentiam sono. Acordavam na hora que o leito horizontal já não mais satisfazia. O mais desatento dos homens os chamariam de vagabundos, que não trabalhavam e que achavam que a vida era fácil. E de fato eram vagabundos, na essência da palavra, arrastavam seus corpos para onde quer que o vento cismasse de bater. Não trabalhavam? Alguns não mesmo. Outros sim. Mas qual a diferença que isso faz no final das contas? Talvez absolutamente nenhuma. E se fizer é tão mínima que nem a diferença se deu conta de que ela mesma existe. Perdão do devaneio literato. Voltarei do ponto onde me perdi. E para que raios o homem pôs se a achar que a vida é difícil? Claro, não será uma jornada de brancas nuvens, mas eles não se preocupavam com os maus bocados, uniam-se em torno da dificuldade, e com muita elegância olhavam olhos nos olhos dela e diziam: Minha cara companheira, até a próxima!. Eles estavam mesmo preocupados era em saber onde estaria a próxima garota que fosse mudar completamente suas vidas. Eles queria saber em qual esquina suas vidas iam mudar de direção. Eles queriam saber das Rosas, das Rodas e dos Sertões. Eles queriam, queriam, queriam. Mas nada tinham. Se não um bom par de idéias e a vontade de querer. E claro, eram Jovens.


Ass: William Biagioli, num porre de On the Road. Professor nas horas vagas de como aproveitar suas horas vagas e estudante de Medicina Ortomolecular para Rinocerontes Vesgos. Do dia 5/9/07.

Até a Próxima.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

My Girl From Ponta Grossa

É o seu sorriso, inocente. O jeitinho como você olha com um olhar inocente e pergunta as coisas mais complicadas com uma naturalidade de dar medo, mas que conforta a minha ignorância. E respondo algo que nem eu mesmo sei o que. E então você dá um sorrisinho com os lábios fechados, como que escondendo algo, e diz: “ah é?”, balançando a cabeça em sincronia com a fala. Ah, o seu sorriso. Sempre é lindo. Com os dentes à mostra ou apenas com o contorno dos seus lábios formando uma linha curva que eu poderia passar horas e horas a apreciar. E o seu olhar ingênuo, mas carregado de uma sabedoria ímpar, que eu tento desvendar toda vez que te encontro. Eu gosto do jeitinho como você fala. Sua voz faz bem aos meus ouvidos. E o jeito como balança a cabeça quando fala. Movimentos que acompanham o som da sua voz. É incrível, toda vez que a vejo fico admirado. Eu gosto da sua voz. E você anda, com um quê de curiosa. Nunca sei pra onde está indo, mas gosto de ver você passar. E vez ou outra pega um Hall’s, tira do papel e coloca na boca. E depois sorri, com os lábios fechados, um sorriso inocente. Eu gosto de você.


Ricardo Schneider, 3 de setembro de 2007 (já?)

domingo, 2 de setembro de 2007

Pé na Estrada

"...Era uma bela tarde de sexta-feira, nada mais podia-se afirmar sobre aquela bela tarde de sexta-feira, apenas que era bela. O Sol esquentava a cabeça com uma convicção tão grande que conseguia-se imaginar que a única função que ele realmente tinha se proposto a fazer na vida, era provar que ele realmente conseguiria fritar um ovo em sua cabeça. De qualquer forma dois homens rasgavam a geografia do Brasil, contrariando convenções, contrariando acordos e contrariando acima de tudo, seus próprios medos. Deslisavam dentro de um carro de uma maneira sorrateira, silenciosa e bastante destemida, o motorista, no controle da situação parecia tão intimo da estrada que a fitava com aquele velho olhar de quem já sabia o que aconteceria. Dois velhos conhecidos. Sabia um dos segredos do outro. O passageiro, mais jovem, ao lado ia prestando atenção em tudo, com seu ímpeto juvenil não deixava de vociferar um pensamento seu. Conversava constantemente. Tal qual fosse a última conversa que ele teria na vida. Acreditava nas coisas ainda, tinha seus sonhos, suas ideologias e claro, muito tempo para pensar em como lidar com suas desilusões. O motorista, mais velho, ouvia tudo atentamente. Nos momentos de repovação olhava pelo canto dos olhos. Nos de aprovação nada fazia. Apenas curvava levemente os lábios e continuava com os olhos fixos na estrada. Olhava-a com tal fixação que chegava a ser curioso. De repente atingiram uma região de campos desta geografia in terra brasilis, o silêncio tomou conta do veículo, era o final desta tarde de sexta feira que havia sido bela. O pôr do sol era lento, vagabundo e o céu tomou uma cor laranja, ao som dos bons e velhos Beatles os dois homens não tinham outra opção senão chegar a uma conclusão, e a conclusão foi essa: Todas as pessoas preocupam-se com a sua hora, qual vai ser a sua hora, quando vai chegar a sua vez. Mas todas essas pessoas deixam algumas boas horas passarem. Esses homens não se preocupavam com isso. Não naquele momento. Pois chegaram ao consenso de que o importante era fazer sua própria hora, e não esperar ela chegar. E seguiram em frente. Pois tinham que chegar em casa. Ao som dos bons e velhos Bealtes. E era um fim de tarde realmente lindo. E nada mais..."

William Biagioli. 19 anos vivendo e não aprendendo. No dia Dois de Setembro de Dois Mil e Sete

Um Abrassão para os senhores e Até a próxima.