quinta-feira, 31 de julho de 2008

Um Peito Maior!

Estive pensando: hoje em dia, um peito maior resolve PRATICAMENTE todos os problemas. Delas e deles!
Mas não entrem em pânicos, meninas!
Caso o silicone não esteja ao alcance dos seus bolsos, uma escova progressiva resolverá, também, MUITO de seus problemas!

Viva o mundo de hoje!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Biblioteca Chinesa II

Hoje a chuva deu as caras pelos lados princesinos. Fazia tempo que não chovia, e a poeira já era tanta. Por essas, pela poeira ter ido, venho para falar de um livro emblemático, que terminei de ler faz pouco tempo. Pergunte ao Pó (José Olympio Editora), de John Fante, narra a história do italiano Arturo Bandini em Los Angeles, nos anos 30. Acontece que Arturo se apaixona por Camilla Lopez, a garçonete do Columbia Buffet, que além de garçonete é mexicana (sinônimo de preconceito), e entre insultos e declarações, ele quer tê-la. Nesse interim, Bandini tenta de todas as formas se tornar 'um grande escritor', frase pela qual ele gostava (ou gostaria) de se apresentar.




Pergunte ao Pó é emblemático pelo fato de Charles Bukowski (Misto Quente, Factotum, Crônica de Um Amor Louco, entre outros) ter visto nele um espelho de sua realidade. Foi esse o primeiro livro que chamou a atenção do velho Buk. Além disso, Pergunte ao Pó foi o primeiro livro que Marcelo Mirisola leu. É um livro que não passa em branco.

Trecho:
"Ela se cobriu e seus olhos estavam nadando de alegria ao me ver sair. Fui até o final do corredor, até o patamar da escada de incêndio, e ali me soltei, chorando e incapaz de me conter, porque Deus era um canalha tão sujo, um pulha desprezível, é o que Ele era por fazer aquilo com aquela mulher. Desça dos céus, seu Deus, venha até aqui que vou socar seu rosto por toda a cidade de Los Angeles, seu moleque miserável e imperdoável."

Além de escritor, Fante também escreveu alguns roteiros para cinema.

Obras do autor:

Espere a Primavera, Bandini (1938)
Pergunte ao Pó (1939)
Dago Red (
1940)
Full of Life (
1952)
Bravo, Burro! (
1970)
The Brotherhood of Grape (
1977)
Sonhos de Bunker Hill (1982)
1933 foi um ano ruim (1985)
Rumo a Los Angeles (1985)
O Vinho da Juventude (1985)
A Oeste de Roma (1986)
Prologue to Ask the Dust (
1990)
The Big Hunger (
2000)
The Bandini Quartet (
2004)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Frases que gostaríamos de ouvir por aí (parte 3)

Dita por Cantero, direto aos ouvidos deste que vos escreve.

"O que sobra, não falta."

Dentro dessa categoria também se encontram as célebres e famosas frases do inesquecível Tomás, tais como:

"O Fornecedor fornece o Produto"
e pra não deixar barato
"E o distribuidor, distribui"

William Biagioli, 20 anos de idade. E com ouvidos atentos.

Frases que gostaríamos de ouvir por ai...(2)

É como já disse o cavallero da madrugada

"Porra! Se fosse eu que estivesse na Grécia, pedia logo pro taxista me levar pra Augusta de Atenas."

Ah, Mirem-se no exemplo dessas mulheres de Atenas...

William Biagioli
Aos 20. Sem pôr, nem tirar. Indo.

Abracadabrassos do William.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Frases que gostaríamos de ouvir por ai...

"O problema entre decidir em ser de esquerda, ou ser de direita, é ter que abrir mão de andar para frente"
(William Biagioli)


W.B Dia 16 de Júio.
Um abrassão do William.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Peço desculpas!

Por volta de 2008 anos atrás, o mundo teve o prazer de receber em suas terras, um ser humano chamado/ conhecido pelo nome de Jesus de Nazeré.
Dizem que ele era filho do Homem... que fez milagres! Ele dividiu o mundo em duas eras. Antes Dele, e depois Dele.
Os manuscritos que nos levaram ao conhecimento desse Homem Divino, foram modificados antes mesmo de alguém de nós pensar em nascer, mas são nesses manuscritos reescritos que sabemos que ele MORREU POR NÓS.
Piedoso, puro, 100% BOM!!!!!!!!! UAU!

Mas nao estou aqui fazendo declaração, questionando, convertendo ninguém a nada ou escrevendo algo religoso. Estou aqui porque gostaria de, em nome da humanidade, que viveu nesses 2008 anos no Planeta, pedir DESCULPAS a Cristo!

POR QUE?

Simples: SE Jesus existiu e foi como nos contam que foi, se morreu por nós, se era um homem bom, um revolcucionário de 2008 anos atrás, se decidiu que entregaria sua vida para que todos os homens pudessem evoluir, ELE, com certeza, está muito triste com o ser humano.
DECEPCIONADO, puto, magoado, irritado....
Olha o que aconteceu com o mundo, olha o que virou o ser humano!
Quer exemplos?

- Oceanos contaminados
- Agua doce em falta
- Ar poluido
- Animais morrendo por X motivos
- homens matando uns aos outros
- Pais matando filhos
- Gente que a gente nem conhece roubando nossos lares, nossos filhos, nossa felicidade
- Poder corrupto
- Capitalismo avassalador, que destrói Pátrias, famílias, Leis, valores e noção de JUSTIÇA.
- etc etc etc
- bla bla bla
................
=x

1 Minuto de silêncio
................


Você realmente acha que valeria a pena MORRER CRUCIFICADO por tudo isso que nos tornamos hoje? Por tudo que vivemos?
Se existe alguém que morreria por ISSO TUDO, que fale AGORA........... ou cale-se para sempre!

Agora o x da questão, o OUTRO porém, o que realmente me fez pensar e escrever para quem quiser ler (se é que tem alguém que queira) é:
O que foi descrito acima está levando em conta a divindade criada em cima desse humilde, e mortal, ser humano, como qualquer um de nós. Certo? Certo!

Pois bem... agora imagine você, se, esse homem, carpinteiro, de pés descalços, NÃO foi um santo, um enviado... e se ele fosse apenas um mortal?
Então, aclamaria por desculpas em nome de toda a humanidade que, durante esses 2008 anos, habitaram o Planeta.
POR QUE?

Simples: como se nao bastasse terem criado o mais famoso MITO de todos os tempos, de todas as Eras, alguém já parou para pensar o que se passa com a ALMA de Jesus?
Ele deve ser um atormentado. Ele não descansou nenhum dia sequer, durante esses 2008 anos, nao teve paz, sossego, tranquilidade, eternidade.....e nem nada do que dizem que as almas encontram, quando saem de cena desse mundo.
Visualiza. Por todos esses anos, a cada milésimo de segundo (que é menos do que o tempo de um piscar de olhos) milhares de milhões de centenas de pessoas CHAMAM por ele, SUPLICAM-LHE algo, QUESTIONAM os acontecimentos de suas próprias vidas, PEDEM soluções, choram mágoas, conversam sobre coisas banais, sobre seus desejos e vontades, sobre o que lhe faz mal, imploram misericórdia.....
Ele nunca descansou...Por NENHUM dia, por nenhum segundo ou milésimo de segundo... Coitado de Jesus...

Venho por meio deste post, em nome de todas as pessoas que habitaram o Planeta, dizer para Jesus:
DESCULPA!
Desculpa pelo que nos tornamos, desculpa pelo que fizemos com o mundo.
Desculpa pelas pessoas que acham que tudo depende de você.
Jesus, eu lhe peço, com todo amor, do fundo do meu coração: DESCANSE. Durma, durma pela eternidade. Assim você nao terá olhos para ver o que acontecerá, não se sentirá uma alma inútil que é incapaz de resolver os problemas do mundo e de todas as pessoas que lhe chamam, não precisará ouvir o que você foi ou deixou de ser, não verá guerras em seu nome que servem de apoio para conquista de dinheiro, de interesses próprios de uns e outros, que dividem as pessoas por credo, por terras, onde morrem inocentes... Ai Jesus....

DESCULPE essas pessoas...eles não sabem o que fazem!



Por Tassiana Ghorayeb Resende. Sem credo, sem nada...apenas ajudando uma alma que por cá passou.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Dialética Voadora

Um grupo de passarinhos voando com o intuito de fugir do inverno que começa no lugar onde eles estavam inicialmente. São em seu total 10. Inicialmente consiste em apenas demonstrar esta simples cena. Pássaros voando. Depois de um certo tempo, ao ir dando um detalhe nas expressões de cada passarinho, é visto que um deles, por sinal o último, está com uma feição de completo desânimo, enquanto todos os outros apresentam um olhar concentrado, e determinados a fugir do lugar onde estavam.

E então que é dada maior atenção a este passarinho. Eis que subitamente ele para, em algum lugar que este escritor que escreve, e a voz que você ouve na sua cabeça quando lê qualquer tipo de texto, ainda não decidiu. E todos os outros sentindo a falta do companheiro se voltam para ele e perguntam em Uníssono.

-Por quê parou?
-Vocês já pararam pra pensar para onde estamos voando?
-Oras, para o mesmo lugar onde voamos nesta mesma época no ano passado- Todos responderam em uníssono.
-Mas já se pararam para perguntar por quê?
-Paramos para perguntar por quê você parou, oras – Todos novamente.
-Não! Não é isso! Digo, se vocês não pensaram nas razões pelas quais fazemos isso ano após ano, e por quê depois de tantos anos, ainda fazemos as mesmas coisas, das mesmas maneiras e vamos para o mesmo lugar! É nisso que eu perguntei se vocês já pararam pra pensar – Discursou enfaticamente o pássaro.
- Pensar em o quê? - Todos em uníssono.
-Pensar nisso tudo oras! - Respondeu o já efusivo pássaro.
-Nisso tudo o que? – Todos com cara de dúvida inocente, beirando uma cara de dúvida imbecil.
- Meu Deus! Se vocês já pensaram por que nós fazemos todo ano a mesma coisa, toda a vez que chega o inverno, ao invés de nós tentarmos nos fixar em algum lugar, migramos, e quando migramos vamos sempre para o mesmo maldito lugar. Sabem? O por quê de tudo isso? Nunca pensaram? Nunca sentiram essa angústia no peito de saber qual é o sentido de fazermos ano após ano a mesma maldita rota, vendo as mesmas coisas sempre? Nunca pararam pra pensar nisso tudo e muito mais???
-Depois de olharam com uma súbita cara de completa dúvida, todos os outros pássaros disseram com uma inocência que só apenas uma criança, ou um marido que toma um “esporro” de sua mulher poderia dizer: - Não...
-Como assim não!!!???? Como não??? No que vocês pensam quando estão voando?
- Um deles simpaticamente disse – Repita a pergunta por favor, eu me distrai com alguma coisa que eu não me lembro mais o que era.
-Perguntei no que vocês pensam quando estão voando? Quais são as coisas que passam pelas suas cabeças?-Cada um deles começou a atropelar as vozes uns dos outros com as mais diversas opiniões. A única coisa que suas opiniões tinham em comum, era justamente o fato de não terem nada em comum umas com as outras. Uns diziam – Peixes! Outros diziam – “Pássaras”. Um outro disse “Todas as formas de seduzir um golfinho!!!" Um outro até ousou dizer: “Pensar, o que seria isso? Meu Deus Pássaro uma nuvem!!!”. De qualquer forma, talvez nem seja preciso dizer que isso além de espantar o simpático pássaro, o deixou profundamente irritado. Coisa que geralmente, tanto para pássaros, quanto para humanos, é um saco.
E então o pássaro rebelde prosseguiu:
-Bom, então vocês estão me dizendo que raramente pensam em alguma coisa realmente importante?
-Peixes são importantes! – Bradou um dos pássaros que eram atacados pelas palavras do alterado pássaro rebelde.
-Não é isso que eu quis dizer, claro que são importantes.
-E gostosos – Interrompeu o mesmo pássaro.
-E gostosos, sim claro, mas o que eu queria dizer era se vocês realmente nunca se preocuparam com outra coisa que seja, como eu disse, sobre a nossa vida, algo maior que nós, sobre o sentido de tudo. Ou para onde estamos indo, ou o por quê disso tudo.
-Eu pensei uma vez – Corajosamente bradou um dos mais acanhados pássaros desse entrevero voador.
-Jura? E no que você pensou – Disse o agora um pouco mais animado, pássaro rebelde.
- Nisso tudo que você acabou de falar.
-Nisso tudo o quê especificamente??? Cada vez mais animadamente!!!
- Em tudo o que você disse oras, que peixes são gostosos e importantes!!!
-Mas eu não disse nada disso droga! Quem disse isso foi ele ali!!! Bradou ensandecido o Che Pássaro.
-Ah sim...Bom, então foi com o que ele disse que eu já tinha pensado, e alguns são realmente gostosos mesmo. Sobre o que você falava mesmo?
-Eu falava basicamente sobre, sobre, sobre...Sobre Tudo Caramba! Eu falava basicamente na vontade de um algo maior, entende? Eu falava nos motivos de tudo o que nós fazemos, sabem? Por quê justamente hoje eu pensei, qual é o grande motivo de tudo o que nós constantemente e repetidamente fazemos, vocês conseguem me dar uma resposta? Conseguem? Conseguem achar o motivo para todos os anos fazermos sempre as mesmas coisas? Indo aos mesmos lugares, fazendo sempre as mesmas coisas? Conseguem?
- Eu diria que...E parou, um dos pássaros.
- Continue...Continue! Animou-se o Che Pássaro.
- Eu diria que a razão de tudo isso é...
- Vamos continue, continue! Encorajou o “Rebel Bird”
- Talvez não...
- Termine meu caro! Mostre o que você pensa! Energeticamente falou o pássaro.
- Talvez seja por que...- Todos olhavam para este insignificante ser, próximo ao que anos depois seria conhecido como a grande revelação dos pássaros, e até hoje é comemorado em muitos lugares com uma grande festa, que passa praticamente desapercebida pela maioria da população dos pássaros – Talvez seja por quê somos...Talvez seja por quê somos pássaros!!!

Depois disso, o que ocorreu foi uma súbita sensação de dever cumprido por parte de todos os pássaros envolvidos, menos curiosamente o que iniciou todas esta discussão.Depois disso tudo, eles alegremente retomaram seu rumo e só pararam quando chegaram no seu destino final.

Com relação ao que fez a grande revelação, que anos mais tarde foi considerada um marco nas relações entre os pássaros, e um evento histórico, como já mesmo havíamos dito, eu que escrevo e a voz na sua cabeça que você ouve quando lê estas linhas, como eu também já havia posto, (Eu e a voz) Virou um grande líder dos pássaros e continuou exercendo sua repetitiva função por mais alguns anos, até que se aposentou e continuava a discursar nostalgicamente sobre os anos em que foi o líder dos pássaros. Quanto aos outros, a maioria dos ouvintes da histórica conversa, alguns continuaram seguindo o grande líder por anos e anos e muitos tomaram o mesmo rumo que o líder, claro que com alguns benefícios a menos, e muitas feridas a mais, porém dois deles foram capturados por caçadores de pássaros, pois eram justamente dois exemplares muito belos, que devido a sua beleza acabaram por ser empalhado e hoje decoram belamente uma casa de campo de um dos seus compradores finais.

Por fim, o “Che” Pássaro, o pássaro Rebelde, ou seja, como queira chamá-lo teve um final de vida brilhante. Decidiu que jamais iniciaria qualquer tipo de discussão sobre um assunto espinhoso, promessa essa que ele quebrou anos mais tarde, quando calorosamente discutiu sobre o grande Deus pássaro, discussão esta que lhe garantiu mais alguns anos de desilusão pela frente, depois disso ele acabou por virar um pássaro que era considerado pelos demais como um maluco, foi nessa época que ele conheceu todos os cantos do Mundo, e encontrou mais alguns pássaros que partilhavam desta mesma aspiração dele, de questionar algumas coisas, porém eles não conseguiam chegar a um consenso, o que o deixou um pouco frustrado também, porém foi mais ou menos nessa época que ele conheceu sua bela pássara, que acabou por virar sua parceira para todas as jornadas, não que ela concordasse com tudo aquilo que ele dizia, mas os dois formavam uma bela dupla. Foi então que os dois pousaram na sacada da minha casa, e me contaram toda esta maravilhosa história. E não eles não eram verdes, tão pouco prolixos.

William Biagioli
São Paulo (03/07/08)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Do começo ao fim

-Tem um cigarro?
Essa foi a sua primeira pergunta. Não sua. Dele. Como dizem os americanos, It's a Yes or No question. Dessa simples questão, viria uma resposta não menos simples.
-Sim - Disse Ela.
Tomando quase que de assalto seu maço de cigarros Ele olhou nos olhos dela que sorriu timidamente com a cabeça apoiada pela mão esquerda. Pois a direita se preocupava em segurar decentemente o cigarro. Decentemente significa aquela pose elegante, que algumas mulheres conseguem fazer ao manusear um cigarro. Não sejamos besta de entrarmos no mérito do vício. Concordemos que é elegante e ponto.
E então quase que automaticamente, a corajosa pergunta do bravo "cavallero" iniciou uma conversa. Ela tinha 32. Era mais velha. Mas nem de longe aparentava a idade. A voz não era maltratada pelo cigarro, talvez o que indicasse que naturalmente não se tratava de um vício de anos, mas sim um aparato que compunha sua beleza. Seus cabelos não eram longos, na verdade eram curtos, não tanto quanto os do João.
Natural também era o jeito que a conversa rolava, percebia-se no ar, misturado a fumaça do cigarro, um maldito incenso e a transpiração da cerveja um clima propício para alguns copos de chopp e uma conversa despretensiosa.
Assim como ela, havia a outra. Sentava de frente a ela. Morena, cabelos longos, olhos pretos pequeninhos, não orientalmente falando, uma "olhera" que denunciava algumas noites de sono mal dormidas, talvez se preocupando demais em manter-se acordada durante o sexo, do que propriamente dito, se entregando ao prazer.
Enquanto isso, o senhor Otis Reading fazia os corações solitários e pénabundeados (valeu Reinaldo Moraes) cantar: "...Wearing that same old shaggy dress...", mas isso é papo pra rolar numa mesa do outro lado, onde dois caras discutiam na surdina, e eventualmente olhavam para essas duas mulheres. Não eram fascinantemente belas, mas o suficiente para deixá-los interessados.
Se eram caras interessantes ou não eu não posso afirmar com certeza cabalística. Mas até que não pareciam ser uns meia-guampas qualquer'es. Pareciam ser dois caras bem "apessoados", como vovó já dizia. Um deles se levantou e disse:
-Tem um cigarro?....

domingo, 6 de julho de 2008

Sobre a Mesa

Eu acabei de tentar recolocar um lápis rebelde em sua posição original (sobre a mesa). Posição original (sobre a mesa) da qual ele conseguiu vitoriosamente sair, tendo ido parar de cara no chão. Porém ele sistematicamente se recusou a aceitar minha ajuda oferecida, tendo ficado lá, deitado no chão. Depois de 4 (fracassadas) tentativas de perssuadir o lápis a voltar a sua posição original (sobre a mesa) compreendi que ele queria mesmo era ficar com a cara afundada no chão. Eu o respeitei por isso. No final disso tudo, tirei 3 conclusões: Fui incapaz de persuadi-lo a voltar para sua posição original (sobre a mesa). Desisti facilmente. E é um maldito lápis com convicções muito bem definidas.


William Biagioli.
Indolor
Incolor e
Inodoro.

6 de Julho de 2008.

Blibioteca Chinesa

Terminei ontem de ler o livro FÁTIMA FEZ OS PÉS PARA MOSTRAR NA CHOPERIA (editora Estação Liberdade). É o primeiro livro do paulistano Marcelo Mirisola, e reúne uma série de contos escritos durante os 'vinte e poucos anos' do autor. A escrita de Mirisola é conhecida por não ser 'boazinha' com o leitor. Pelo contrário. Com metáforas ácidas o autor critica a sociedade, em especial a classe média e seus absurdos, e não poupa ironias.




A obra mais famosa de Mirisola é o romance O AZUL DO FILHO MORTO (editora 34). Nele ele conta a sua história, com seu estilo característico. É uma escrita visceral, que não pede para ser lida mas que encanta quem a entende. As frases são cortadas abruptamente. Outras frases aparecem de forma inesperada. Isso torna Mirisola um dos autores brasileiros mais interessantes da atualidade. Tanto pelo estilo de sua prosa quanto pelo seu conteúdo. E por suas frases de efeito.


Sua última obra, porém, difere de todas as outras. Em JOANA A CONTRAGOSTO (editora Record) Mirisola se vê sozinho, sem o amor de Joana, e essa é a causa da existênca do livro. Ele chora. Pode-se dizer que o livro é isso: o choro de um cara que amou Joana. Pode não ser um grande enredo (e geralmente não há grandes enredos em seus livros), mas JOANA encanta pela sinceridade. Percebe-se claramente que o autor tenta se livrar da história, e por isso a escreve.



Obras do autor:

1998 Fátima fez os pés para mostrar na choperia
2000 O herói devolvido
2000 O azul do filho morto
2003 Bangalô
2003 O banquete (com o cartunista Caco Galhardo)
2005 Joana a contragosto
2005 Notas da arrebentação
2007 O homem da quitinete de marfim
2008 Proibidão



Na internet:



sábado, 5 de julho de 2008

quadro novo amanhã

Amanhã eu vou lançar um 'quadro' novo aqui no blog. Não sei qual vai ser o nome ainda. Mas eu vou comentar sempre sobre algum livro que eu li ou estou lendo. Acho que já tá mais do que na hora de eu fazer isso. Principalmente agora que eu passei da marca de cem livros na minha 'biblioteca' particular. Acho que serão boas dicas para quem está querendo ler algo novo. Best Seller não entra na lista, isso eu deixo para quem não lê comprar. Tem muita coisa variada, desde Asimov até Luis F. Veríssimo. Orwell a Nelson Rodrigues. Tem também uma porção de beats que só vem aumentando. Espero que fique bom. Mas só começa amanhã. Porque hoje os copos ainda estão vazios e precisam ser preenchidos para poderem ser esvaziados e voltar, assim, a sua forma bruta. É a lei natural das coisas. Dessa vez, a pé.

Abraços! E beijos para as mulheres, em especial a Tassi, porque eu acho que ela é a única mulher que lê esse blog.

Postado por William graças a Reinaldo Moraes - ou não

Acontece que eu tava navegando pelos arquivos deste singelo blog e eis que vi um rascunho deixado pelo Sr. William Biagiolli, abandonado, jogado às moscas, e sabe-se lá por quê. Então começei a ler e achei algo familiar no que estava lendo. Por isso resolvi postar, sem autorização do amigo William, o post que ele deveria ter postado. No final eu explico o porquê.


***


Estava eu navegando na internet quando encontrei esse texto simpático e creditado ao não menos simpático Reinaldo Moraes. Pra quem não sabe o Reinaldo Moraes é um escritor, e por sinaç, no momento eu estou lendo o livro Tanto Faz dele. Simplesmente genial. Esse texto é bem engraçado, só que como na Internet as coisas são no mínimo duvidáveis, esse texto aqui pode também não ser do Reinaldo Moraes, mas pela qualidade e sinceridade eu acredito que seja. Agora com vocês Toma Logo! pelo Genial melhor escritor do Brasil Reinaldo Moraes.



"...- Vai, Horácio! Toma logo!

- Eu não tomo nada sem antes ler a bula. Cadê meus óculos?

- Pendurados no seu pescoço.

- Isso é ridículo, Maria Helena. Ridículo!

- Então todos os homens da sua idade são ridículos, porque todos estão tomando. E não me puxa esse lençol, fazendo o favor. Olha aí o bololô que você me faz nas cobertas.

- A humanidade conseguiu crescer e se multiplicar durante milênios sem isso. Nós dois crescemos e nos multiplicamos sem isso. Taí o Pedro Paulo, taí o Zé Augusto que não me deixam mentir. Fora aquele aborto que você fez.

- Horácio, eu não vou discutir isso com você agora. Toma logo esse negócio!

- Isso aqui faz mal pro coração, sabia? Um monte de gente já morreu tentando dar uma trepadinha farmacêutica.

- Foi por uma boa causa. E não faz mal coisa nenhuma. Só pra quem é cardíaco e toma remédio. Você não é cardíaco, nem coração você tem mais.

- Não começa, Maria Helena, não começa!

- Pode ficar sossegado que você não vai morrer do coração por causa dessa pilulinha. Eu vi num programa da GNT um velhinho de 92 anos que toma isso todo dia.- Sério?

- Preciso de sexo, Horácio!

- Mas hoje é segunda, Maria Helena...

- Quero trepar. Foder. Ser comida por um macho de pau duro!

- Francamente, Maria Helena, que boca! Parece que saiu da zona

.- Quero ser penetrada, quero gozar!

- O sexo é uma ditadura, Maria Helena. A gente tá na idade de se livrar dela.

- Saudades da dita dura! Olha só, você me fez fazer um trocadilho de merda.

- Além do mais, Maria Helena, nós já tivemos um número mais do que suficiente de relações sexuais na vida, por qualquer padrão de referência, nacional ou estrangeiro. A quantidade de esperma que eu já gastei nesses anos todos com você, dava pra encher a piscina aqui do prédio.

- Com o esperma que você ordenhou manualmente, talvez. O que o senhor gastou comigo não daria nem pra encher um balde daqui de casa. Um penico, talvez. Até a metade.

- Maria Helena...

- E faz quase um ano que não pinga uma gota lá dentro!

- Sossega o facho, mulher. Vai fazer ioga, tai chi chuan. Já ouviu falar em feng shui, bonsai, shiatsu? Arranja um cachorro. Quer um cachorro? Um salsichinha?

- Quero um salsichão, Horácio! Olha aí: outra piadinha infame.

- É porque você está com idéia fixa nessa porcaria.

- Que porcaria?

- O sexo, Maria Helena, o sexo.

- Sabe o que mais que deu naquele programa sobre sexo, Horácio?

- Não estou interessado.

- Deu que as mulheres com vida sexual ativa têm muito menos chance de ter câncer. É científico.

- Come brócolis que é a mesma coisa, Maria Helena. Protege contra tudo que é câncer. Também é científico, sabia? E com azeite, com alho, fica uma delícia!

- A que ponto chegamos, Horácio! Eu falando de sexo e você me vem com brócolis com azeite!

- E com alho.- Faça-me o favor, Horácio!

- Maria Helena, escuta aqui, você já tem 50 anos, minha filha, dois filhos adultos, já tirou um ovário, já...

- Não fiz 50 ainda! Não vem não! E o que é que filho e ovário têm a ver com sexo?

- Maria Helena, me escuta! Depois de uma certa idade, as mulheres não precisam mais de sexo.

- Ah, não? Quem decidiu isso?

- Sexo nessa idade é pras imaturas, pras deslumbradas, pras iludidas que não sabem envelhecer com dignidade.

- Prefiro envelhecer com orgasmos.

- O que é que Freud não diria de você, Maria Helena?

- E de você, então, Horácio? No mínimo que você virou gay depois de velho, seu Boiola!

- Maria Helena! Faça-me o favor! Eu tenho que ouvir isso na minha própria casa, na minha própria cama, diante da minha própria televisão?

- Aliás, gay gosta de trepar! É o que eles mais gostam de fazer. Você virou outra coisa, sei lá o quê! Um pingüim de geladeira, talvez.

- Maria Helena, dá um tempo, tá? Tenho mais o que fazer.

- Fazer? Essa é boa. O que é que um funcionário público aposentado com salário integral tem pra fazer na vida, posso saber?

- Sem comentários, Maria Helena, sem comentários!

- Tá bom, sem comentários! Bota os óculos e lê duma vez essa bendita bula.

- Só que precisa de dois óculos pra ler isso. Olha só o tamaninho da letra. Se é um negócio pra velho, deviam botar uma letra bem grande. Pelo menos isso!

- Vira o foco do abajur para cá! Assim... melhorou?

- Abaixa essa televisão também! Não consigo me concentrar ouvindo novela. Mais... mais um pouco!

- Pronto, patrãozinho. Sem som. Vai, lê duma vez!

- O princípio ativo do medicamento é o citrato de sildenafil.- Sei...- Veículos excipientes: celulose microcristalina...

- Celulose vem da madeira. Pau, portanto. Bom sinal.

- Onde foi parar a sua pouca educação, Maria Helena?

- Vai lendo, Horácio! Depois conversamos sobre minha pouca educação.

- Cros... camelose sádica. Croscamelose. Castrepa, Maria Helena! Recuso-me a tomar um troço com esse nome. Deve ser alguma secreção de camelo. Se não for coisa pior.

- Não é camelose! Num tá vendo aí? É caRmelose. Deve ser algum adoçante artificial pro seu pau ficar doce, meu bem...

- Putz! Só rindo mesmo. A menopausa acabou com sua lucidez, Maria Helena!

- Troco toda lucidez do mundo por um pau tinindo de tesão por mim!

- Absurdo, absurdo!

- Que mais, que mais, Horácio?

- Dióxido de titânio.

- Ah, titânio! Pro negócio ficar bem duro!

- ...índigo carmim...- Índigo? Deve ser o que dá a cor azul da pilulinha.

- Será que esse negócio não vai deixar o meu pau azul, Maria Helena?

- E daí, se deixar? Você não sai por aí exibindo seu pênis, que eu saiba. Ou sai?

- Mas, e se eu for a um mictório público? O que é que o cara ao lado vai pensar do meu pinto azul?

- Diz que você é um alienígena, ora bolas! Que seu corpo está pouco a pouco se adaptando à terra, que ainda faltam alguns detalhes, ou explica que você é nobre, de sangue e pinto azul, ou não diz nada, ora bolas! Acaba de mijar, guarda o pinto azul e vai embora, pô!

- Escuta! Agora vem a parte que explica como esse petardo funciona.- Isso. Quero ver esse petardo funcionando direitinho.

- Presta atenção: "O óxido nítrico, responsável pela ereção do pênis, ativa a enzima guanilato ciclase que, por sua vez, induz um aumento dos níveis de monofosfato de guanosina cíclico, produzindo relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos do pênis, permitindo, assim, o influxo de sangue". Cacete! Corpos cavernosos? Já pensou, Maria Helena? Corpos cavernosos sendo inundados de sangue? Puro Zé do Caixão.

- Corpo cavernoso só pode ser herança do homem das cavernas. Vocês homens evoluem muito lentamente.

- Pára de viajar, Maria Helena! Parece que fumou maconha.

- Não é má idéia pra relaxar! Vou roubar do Pedro Paulo. Eu sei onde ele esconde. Podíamos fumar juntos.

- Eu já tô relaxado. Tô até com sono, pra falar a verdade...

- Lê, lê, lê, lê aí! Você já dormiu tudo que tinha direito nessa vida!

- Vou ler. "Todavia, o sildenafil não exerce efeito relaxante diretamente sobre os corpos cavernosos..."

- Não?

- Não, Maria Helena. Ele apenas "aumenta o efeito relaxante do óxido nítrico através da inibição da fosfodiesterase-5, a qual" - veja bem, Maria Helena, veja bem - "a qual é a responsável, pela degradação do monofosfato de guanosina cíclico no corpo cavernoso?". Ouviu isso? Degradação, Maria Helena! Dentro dos meus próprios corpos cavernosos... Degradante...

- Degradante é seu pau mole!

- Olha o nível, Maria Helena, olha o nível! Vamos ver os efeitos colaterais. Olha lá: "dor de cabeça". Você sabe muito bem que se tem uma coisa que eu não suporto na vida é dor de cabeça.

- Na cultura judaico-cristã é assim mesmo, Horácio! Pra cabeça de baixo gozar, a de cima tem que padecer!

- Não me venha com essa sua erudição de internet, Maria Helena! Estamos off-line!- Deixa de ser criança, Horácio! Se der dor de cabeça, você toma um Tylenol, reza uma Ave-Maria, canta o "Hava Naguila" que passa!

- Outro efeito colateral: "rubor". Rá, rá. Vou ficar com cara de quê, Maria Helena? De camarão no espeto?

- Se for camarão com espeto, tá ótimo! Que mais, que mais?

- "Enjôos". Ó céus. Enjôos...- Você sempre foi um tipo enjoado, Horácio! Ninguém vai notar a diferença.

- Vamos ver o que mais... hum... "dispepsia". Que lindo! Vou trepar arrotando na sua cara!

- Você me come por trás. Arrota na minha nuca...

- É brincadeira! É essa a sua idéia de amor, Maria Helena?

- Isso não tem nada a ver com amor, Horácio! Já disse! É profilaxia contra o câncer. E arrotar, você já arrota mesmo o dia inteiro, sem a menor cerimônia. Na mesa, na sala, em qualquer lugar.

- Como se você não arrotasse, Maria Helena!

- Mas não fico trombeteando os meus arrotos. Isso é coisa de machão broxa. Em vez de trepar com a esposa, fica arrotando alto pra se sentir o cara do pedaço.

- Como você é simplória, Maria Helena! Como você é... menor. Desculpe-me, mas acho que seu cérebro anda encolhendo, sabia? Ou mofando. Ou as duas coisas.-

Vai, Horácio, chega de conversa mole! E de pau idem. Pula os efeitos colaterais.

- Como, "pula os efeitos colaterais"? É porque não é você quem vai tomar essa meleca, né? Vou ler até o fim. Os efeitos colaterais são a parte mais importante. Olha lá: "gases". Que é que tá rindo aí?

- Do efeito cu-lateral. Desculpe-me. Esse foi de propósito. Não agüentei.

- Admiro seu humor refinado, Maria Helena! Torna você uma mulher tão mais sedutora, sabia?

- Obrigada, Horácio! Agora, quanto aos seus gases, pode relaxar o esfíncter, meu filho, numa boa. Tô tão acostumada que até sinto falta quando estou sozinha. Sério! Fico pensando:

- Ah, se o Horácio estivesse aqui, agora, pra soltar uma bufa de feijoada com cerveja na minha cara...

- Maria Helena, qualquer dia você vai ganhar o Oscar da vulgaridade universal.

- Vou dedicá-lo a você.

- Vamos ver que mais temos aqui em matéria de efeitos colaterais. Ah! "congestão nasal". Que gracinha! Vou ficar fanho, que nem o Donald. Qüém, qüém, qüém!

- Um pateta com voz de pato. Perfeito! Ridículo! Absurdo! Idiota!- Ridículo você já é, Horácio! E quem não é? Além do mais, é só calar a boca que você não fica fanho.

- Ah, tá! E se eu quiser falar alguma coisa na hora?

- Você não diz nada de interessante há mais de dez anos, Horácio! Vai dizer justo na hora de trepar?

- Eu não nasci para dizer coisas interessantes a você, Maria Helena!

- Hum. Ouve só; "diarréia"

- Quê? É outro efeito colateral dessa bomba aqui. Fala sério, Maria Helena! Isto aqui é um veneno! Não sei como vendem sem receita.

- Deixa de ser pueril, Horácio! Imagina se alguém vai ter todos os efeitos colaterais ao mesmo tempo! No máximo um ou dois.

- A caganeira e os arrotos, por exemplo? Ou a ânsia de vômito e os gases?

- Faz um cocozinho antes, pra esvaziar! Agora, Horácio! Eu espero.

- Eu não estou com vontade de fazer cocozinho nenhum, Maria Helena! Faça-me o favor! E olha aqui, mais um efeito colateral: "visão turva".

- Você bota seus óculos de leitura. E que tanto você quer ver que já não viu?

- Maria Helena, você não entendeu? Essa droga perturba seriamente a visão. Vou ficar cego por sei lá quantas horas, quantos dias! E tudo por causa de uma reles trepadinha? E se a minha visão não voltar? Vou andar de bengala branca pro resto da vida?

- Pode deixar que eu guio sua bengala, Horácio! Olha, pensa no lado bom da cegueira: você vai poder me imaginar 20 anos mais moça, trinta, se quiser!

- Maria Helena, desisto! Não vou tomar essa porcaria e tá acabado!- Dá aqui essa cartela, Horácio! Abra a boca! Beba a água! Engula! Pronto! Isso! Que foi? Engasgou, amor?! Tosse pra lá, ô! Me molhou toda! Que nojo! Quer que bata nas suas costas? Ai, meu Deus, Horácio! Você está bem?- Respire fundo! Isso, isso... E aí, amor? Melhorou? Morrer afogado num copo d'água ia ser idiota demais, até prum cara como você.

- Arrr! E com essa pílula monstruosa entalada na garganta! Ufff! Me dá mais água!

- Quanto tempo isso aí demora pra fazer efeito?

- Isso aí o quê?- A pílula, Horácio, a pílula!

- E eu sei lá!?

- Vê na bula, Horácio!

- Hum... tá aqui: "30 minutos".

- Ótimo! Dá tempo de ver o fim da minha novela.



Reinaldo Moraes.



"Ponhado no saiti por William Biagioli"


***


Acontece que este texto é mesmo do Reinaldo Moraes. E ele é muito mais longo. Continua com o término da novela, e depois do termino da novela vem o filme, e depois o termino do filme e, bem, ele é bem mais longo, mas não menos engraçado. O nome do texto também não é 'Toma Logo!', e não poderia ser mesmo. Acho que foi isso que deixou o William desconfiado. Porque em se tratando de Reinaldo Moraes esse título (toma logo) seria muito simplório para sua genial criatividade. O nome real do texto é 'Sildenafil'. Estranho? Não se você ler o texto na versão completa. Mas onde encontrar a versão completa? Simples. Em qualquer boa livraria. Este conto foi publicado no livro UMIDADE, do mesmo autor. E reúne várias outras histórias muito divertidas. Vale a pena conferir, experiência própria!



Ricardo Schneider graças a William Biagiolli e Reinaldo Moraes. Ou vice-versa. Ou Tanto Faz.