sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Férias?

Faz, realmente, muito tempo que eu nao escrevo no Blog.
Estava tudo muito corrido, prova, trabalho de faculdade, trampo, trabalho do curso etc etc etc..
Sim, confesso que perdi MUITAS ideias ,boas, de texto, de pensamentos, de reflexões....
Ja chorei pelo meu time, ja me irritei com meu coração, já fiquei estressada, ja me acalmei, ja pensei e despensei, já dormi pouco, ja ibernei, enfim...
Mas eis uma coisa que nao sai da minha cabeça:
Ja existiu, na Terra, algum dia que nenhuma pessoa morreu???
Será que a morte já tirou férias de 24 horas?????



Por Tassiana Ghorayeb Resende - on vacation

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Vai um celular com câmera ai?


Novo celular com câmera da Nokia

Garanta já o seu antes do Natal!!!

William Biagioli, agora postando vídeos e fotos na falta de palavras.

Beijos na testa e Até a próxima

O que você faria em 28 minutos?

E você, já pensou em alguma???

wwwilliam biagioli, 19 anos.

Até a Próssima!

Ps: Espero que tenham gostado dessas peças. O que eu digo. Pregar uma peça é fácil, difícil é fazer uma peça. Os quebra-cabeças que o digam. Não se esqueçam de não esquecer.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Que você consegue fazer em 28 minutos?

E você? O que achou disso? Qual o seu comentário a respeito? Dê seu comentário.

William Biagioli, 19 anos.

Até a próxima

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O Que você consegue fazer em 28 minutos?

E você? Já pensou em alguma? O que VOCÊ consegue fazer em 28 minutos?

Dê sua opinião! Comente! Nos mande idéias.

William Biagioli, 19 anos.

Até a próxima...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Técnica para se fazer um bom trabalho.

Segue em anexo uma técnica infálivel para dominar qualquer trabalho. Três passos muito simples. Veja a seguir:

1-Comece sempre pelo final. Como é mais dificil terminar, você pode se dar ao luxo de passar mais tempo pensando em como acabar.

2- Só depois parta para o começo, já que o começo é mais simples. E afinal de contas, invariavelmente você vai precisar começar.

3- Assim você verá resultados espantosos, pois quando terminar o começo, já vai ter acabado o fim também. E assim tem um glorioso trabalho em um tempo recorde.

Ps: Essa é uma técnica milenar utilizada pelos sábios Samurais da Islândia. Portanto, requer a supervisão de um adulto.


William Biagioli. 19 Anos, texto direto de Ponta Grossa, Paraná, Brasil.

Até a Próxima.

sábado, 17 de novembro de 2007

POST'ÍBULO

Vamos colocar essa coisa para funcionar, como diria Caetano.
É que resolvi fazer o Post’íbulo, inspirado em minhas antigas aventuras no blog do chininha. Meio kibe, meio muzzarela, enfim, tanto faz.
Calma, calma, vocês já vão entender.
É que os russos fizeram o maior queijo do mundo, segundo eles. O queijo pesa 721 quilos e tem 106 centímetros de diametro. Mas não se desesperem. Os japoneses logo logo criarão um rato para comer tudo isso.
E tem também os chineses, que estão promovendo provas de natação para os porcos. O Brasil quis mandar seu representante, mas a Rebeca Gusmão está sob "suspeita" de dopping.
Tem mais um americano lançando uma versão erótica de um Papai Noel de chocolate que está dando o que falar. Segundo alguns, o bom velhinho está segurando uma árvore, e para outros é um brinquedo sexual. Ora, nada mal largar um pouco o saco (!). O doce está sendo vendido na galeria Maccarone (!!), no bairro de Greenwich (!!!), em Nova Iorque. É interessante a galeria se chamar Maccarone, porque na Noruega estão caçando as embalagens de macarrão erótico. A empresa terá de se adaptar à legislação de embalagens se quiser voltar a vender o produto.
Pra acabar com a palhaçada, Robert Stewart (?) estará sob liberdade condicional pelos próximos três anos. É que ele foi pego nu da cintura para baixo simulando sexo com sua bicicleta, no albergue onde vive.




Ricardo Schneider, 17 de novembro de 2007

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

"Uma questão de ponto de vista"

Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de descendência indígena, defendendo o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Européia.
A conferência dos chefes de Estado da União Européia, Mercosul e Caribe, em maio de 2002 em Madri, viveu um momento revelador e surpreendente:
Os chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc.

Eis o discurso:

"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" só há 500 anos. O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o pagamento - ao meu país -com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sempedir-lhes consentimento.

Eu também posso reclamar pagamento de juros.

Consta no "Arquivo da Cia. das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.

Teria sido isso um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento! Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão. Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas.

Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram oprimeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas indenização por perdas e danos. Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.

Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra, da poligamia, e de outras conquistas da civilização.

Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

Não.

No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias formas de extermínio mútuo. No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto independerem das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos em cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300, isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?

Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros, seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente e que os obriguem a cumpri-la, sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permitam entregar suas terras, como primeira prestação de dívida histórica...".

Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da ComunidadeEuropéia, o Cacique Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a Verdadeira Dívida Externa. Agora resta que algum Governo Latino-Americano tenha a dignidade e coragem suficiente para impor seus direitos perante os Tribunais Internacionais.

Os europeus teriam que pagar por toda a espoliação que aplicaram aos povos que aqui habitavam, com juros civilizados.


Postado por William Biagioli. Brasileiro. 19 Anos. Desempregado.

Alguma dúvida?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

MULHER!

Ja que todos estao falando sobre mulher, nao podia me excluir do tema.
Mas o que eu teria pra falar sobre mulher? Nao faria um poema romantico, como o William fez, nao diria meus desejos secretos com elas porque eu nao os tenho,enfim..ja deu pra sacar.

Descreverei nas linhas a seguir os momentos que me fizeram virar mulher.

Era jovem. Tinha acabado de completar 11 anos. Era uma menina. Adorava brincar, jogava bola, brincava na rua, corria....praticamente um muleque, ne?! Tinha os cabelos lisos... bem lisos, na verdade; era magrinha, e tinha la meus 1,60m, 1,65m de altura e 45 kg.
E sem mais nem menos, no meio de brincadeiras, mulecagens, e vaidade...eu menstruei!

Nao me tornei mulher porque quis, mas porque me fizeram.
Tive algumas sequelas: quilos a mais, mudança de cabelo, modes, menos piscina por mes, desconforto, "ta marcando?"....

Na epoca eu era uma criança... QUE BOSTA, MINHA VIDA ACABOU! Imaturidade a minha, nao?!
Claro, quando voce se torna mulher, algumas coisas mudam.
Nao que eu tivesse que deixar de brincar, por exemplo , mas na epoca aquilo era o fim do mundo pra mim. E os quilos a mais? Nossa, eu jurava qe era uma aberração, que era a pessoa mais feia do mundo!

Nao tinha me ligado que menstruar era muito mais do que usar um absorvente sei la quantos dias, deixar de brincar de esconde-esconde ou ir na piscina....
Virei mulher porque eu podia virar mae!

Eu nunca sonhei em ser mae, bla bla bla... mas quando a minha ficha caiu, de que eu estava saindo da infancia e tendo que virar mulher, foi estranho... Gente!Meu corpo estava preparado pra colocar uma pessoa no mundo (claro, se eu quisesse)....


Acho que é o maior presente que a vida pode dar a uma pessoa, é deixar que essa pessoa possa dar vida a outro alguem!!!!

Chegando ao fim, nao tenho conclusoes a tirar. Nao acho que somos melhor que os homens, nao acho que as mulheres mandam no mundo...Nao tenho frases feministas, mto menos machistas!
Vai ver que eh porque se parassemos com essa divisao de sexo, de competicao besta entre quem é melhor que quem, perceberiamos que unindo os 2 polos o mundo ficaria completo.



Por Tassiana Resende, menstruada a quase uma década.
Estranho falar sobre isso, mas eu nao me incomodei!

sábado, 10 de novembro de 2007

Ah. As mulheres.

Ah essas mulheres.
Nos encantam quando querem, mas principalmente quando não querem. Deixam todos embasbacados quando passam, e quando não passam, tudo fica sem graça, até a rua fica mais cinza.
Quando elas se vestem de uma maneira encantadora, decididas a conquistar, conseguem. Mas não há nada no mundo mais encantador do que vê-las acordar de manhã com o cabelo preso, em um moleton velho, abrir os olhos e não dizer nada. Apenas dar um leve sorriso.
Seus sorrisos! Escondem uma beleza enigmática. Mas não aquele sorriso tipo: "Peidei mas não fala pra ninguém" que é o da Monalisa. Não. É um outro tipo de sorriso, é um sorriso de canto de boca quando mostra timidez. Um sorriso largo e debochado que faz a cabeça ir para trás, quando é algo realmente engraçado. Ou mesmo um sorriso para concordar com o homem que initerrupitamente fala besteiras, e ela atentamente ouve concordando com esses sorrisos. Que dão ao homem a confiança para continuar. Sábias são vocês mulheres. Nós somos apenas da figuração.
Minam toda sua confiança com apenas um olhar. O suficiente para deixar qualquer um em torpor. E com o mesmo olhar que encantam e conquistam, resolvem brincar, "tirar uma onda" e quando os homens chegam, elas nem dão bola, abrem um sorriso (daqueles de canto de boca) e dizem não. Depois uma jogada de cabelo e vão embora. Para nunca mais voltar. Elas tem todo o direito de nos deixar malucos. E como fazem bem isso.
Lindas e soberanas no caminhar que passa reto, direto. No sorriso que encanta e esconde mistérios. Nos olhos que atraem e paralisam. Lindas quando querem. E quando não querem. Lindas quando passam caminhando por todas as incertezas de nossas vidas. O problema é que elas não param, continuam.


William Biagioli. 19 anos, inaugurador do tempo livre. Também escrevendo textos para as mulheres.

Até a próxima.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Ah, essas garotas...

Aproveitando que tenho falado muito sobre las mujeres nos últimos dias, eis que resolvi colocar um link para que elas mesmo falem sobre o que quiserem. Apresentar-las-ei: GAROTAS QUE DIZEM NI! Não deixe de conferir, o link vai estar ali no lado direito da tela!

RS

Sobre as mulheres e suas barriguinhas saradas

Ah, o verão! Muito antes dele chegar devemos agradecer ao calor, aos dias de sol, às praias agitadas, à piscina do clube, às mulheres seminuas trajando belos e minúsculos pedaços de tecido e à cerveja gelada do bar da esquina.

Devemos agradecer a espera. É na espera que as mulheres resolvem ir mais cedo para a academia, e ficam ‘um pouquinho mais’ que o normal. É incrível a capacidade que uma mulher tem em emagrecer. Eliminar o excesso de peso, seja para mostrar o corpo no verão ou para entrar no vestido que usará ‘na formatura da prima do meu cunhado’.

Uma mulher decidida a perder peso não pára, vai até o fim. Mesmo que isso custe algumas tardes de fome, um suco de não-sei-o-que que ‘uí! Isso é horrível’, e um chá vermelho que ‘ah, é ruim, mas acostuma’.

E assim os corpos vão mostrando sua beleza. Aos poucos os tecidos começam a diminuir de tamanho, e começam a aparecer as barriguinhas – barriguinhas magras e definidas, para que não haja dúvida – trazendo-nos aos olhos os piercings e a pele em processo de bronzeamento, quando começa a ganhar as primeiras marquinhas de biquini. Ah, as barriguinhas a mostra! Não há sentido elas estarem bonitas e não estarem à mostra. Viva as barriguinhas à mostra! Viva as mulheres! Viva o verão!

Ricardo Schneider, 8 de novembro de 2007

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Chega Mais

Eu desaprendi a escrever. Aos poucos eu fui esquecendo. Aos poucos eu fui desaprendendo tudo o que me tentaram ensinar ao longo dos anos. Desaprendi Matemática, Física e nem falemos de Química. E descobri que a única coisa realmente relevante te ensinaram quando você ainda nem tinha direito poder sobre suas pernas. Aprender a fazer cálculos matemáticos é relativamente simples. Se você se esforçar e aprender as fórmulas, você os fará (os cálculos). As fórmulas não mostram o caminho certo. Todas as fórmulas foram feitas para você não errar. É diferente. Agora, compare ao esforço sobrehumano que você fez para aprender a andar. Compare também com o esforço hercúleo que o seu cérebro fez para você aprender a falar, e depois a ler e escrever. E melhor, compare ainda com a educação que sua mãe lhe deu. Todo o conhecimento que veio depois é superficial. Serve para um momento da vida e ponto. Por isso hoje o tempo passa tão rápido. Lembra quanto tempo demorava para chegar o Natal quando nós éramos crianças? E hoje? Chega tão depressa. Jajá o Jajáguardiões vai estar botando Post's de Natal. E as tudo hoje é tão superficial que o tempo passa tão rápido. E tudo o que eu ouço as pessoas dizerem é: "Nossa! Passou tão rápido!" Passou tão rápido que eu não vi.
Enquanto tudo acelera eu vou na boléia. Por isso eu desaprendi a escrever. E tento aprender todos os dias. Não sei se consigo. Mas todos nós aprendemos a andar, ler, escrever, pensar e olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, todos os dias. O resto é baboseira.


William Biagioli , desaprendendo a escrever

Até a próxima.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

As mulheres da festa

As mulheres loiras nos ganham no impacto. As morenas nos seduzem aos poucos enquanto as ruivas nos pegam desprevenidos. As negras nos seduzem com seu rebolado. As ocidentais, com seus corpinhos frágeis. As com olhos azuis são misteriosas. As com olhos verdes, sensuais. Olhos castanho claro demonstram pureza. Já os escuros brilham de alegria.
As gaúchas nos derrubam com o sotaque. As cariocas, com seus corpos. Paulistanas com sua superioridade. As nordestinas, com sua malícia. As que usam jeans estão sempre na moda. As que usam saia, se for curta querem homens, se for longa também. Mulheres de vestido seduzem qualquer um, ou qualquer uma, se for o caso. Com decote, não precisa nem falar.
As mulheres da academia têm namorados. A instrutora não, mas você só descobre isso depois que o cara que você não gosta começa a ficar com ela. As secretárias sempre estão com o cabelo preso, mas se você for gentil consegue o telefone, caso ela esteja sem namorado. As vendedoras do Boticário já têm namorado. As vendedoras com óculos carecem de atenção. As sem, querem dar atenção.
As mulheres que bebem muito precisam de alguém para controlá-las. As que bebem pouco precisam de companhia para beber. As que não bebem, não merecem ninguém. As quietinhas têm muito a dizer. As que falam demais não dizem nada. As que têm estrias estão por perto. As que não têm, não existem. As que comem muito são magras, as que comem pouco nem tanto. As que não comem são modelos. As baixinhas usam salto, mas não estão nem aí pra altura. As altas adorariam ser mais baixas. As que pintam o cabelo gostam de mudanças. As que não pintam nunca são as mesmas. As com silicone querem mesmo é que os homens olhem, já as com peitos pequenos querem pôr silicone. Mulheres com bunda grande rebolam, com bunda pequena também.
Mulheres que dançam querem se divertir. As que vão pra festa só para dançar, dançam mal e se divertem ignorando os homens. Essas tem silicone. As que não sabem dançar e não dançam, bebem. As que sabem dançar e não dançam, são bailarinas.
As que gostam de rock’n’roll lêem os grandes pensadores. As que curtem pagode e axé ainda pensam em ler, talvez um dia. As que gostam de forró já leram Grande Sertão: Veredas. As que gostam de bossa nova adoram o Pasquim e acham o Chico Buarque um fofo. A patricinha vive com um celular novo e adorou aquele show do Maurício Manieri, quando conheceu o Lukinhas (com K mesmo), um malandro do skate que queria só beijar na boca e acabaram namorando. A colegial quer garotos mais velhos. A trintona quer garotos do colegial.
A Carol ri fechando os olhinhos. A Fernanda dá gargalhada. A Paula ri de tudo. A Daniele não entende a piada. A Tatiana conta a piada. A Márcia não acha graça e a Andressa ri pela amizade. A Gislaine não ouve a piada porque está dando em cima do barman. A Vanessa fica brava por que é namorada do barman. A Renata acha uma puta sacanagem elas não terem a convidado. A Priscila esta em casa, vendo um filminho com os amigos. A Stefanie se deu bem e já foi embora da festa. A Jennifer é irmã dela e não sabia como ir embora, mas conheceu um carinha. Ela fez jogo duro até saber que ele tem carro, mas o esnobou ao ver que era um Corcel. A Fran ficou em casa na “net”. A Bruna está brigando com o namorado e aquela com nome estranho passa mal no banheiro. A Lorena não foi pra festa porque está se recuperando da cirurgia. Ela colocou silicone, apesar de todos concordarem que não precisava. A Ana Paula foi para os Estados Unidos atrás do namorado e comprou um cachorro linguiçinha que se chama Nathan. A Aline não saiu porque terá que trabalhar ‘amanha cedinho’. A Débora tava com preguiça e a Juliana brigou com a Ritinha e fez a festa acabar, mandando todo mundo embora.


Ricardo Schneider, Seis de novembro de 2007

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Vamos embora, garota!

A garota de cabelo ondulado sorri. As vezes ela está por perto, as vezes não. Ela dá um sorrisinho inocente. Tem um olhar inocente. Um rosto inocente. Infantil, eu diria. Gosto quando ela está por perto porque posso vê-la. Seu cabelo é ondulado, é bonito. É ondulado e castanho, eu acho. Nunca sei distinguir tons. A voz dela é meiga. Doce. E ela diz coisas no diminutivo. “Bonzinho, lindinho, bunitinho, queridinho...”. Fica mais bonita ainda. Mas eu não posso abraçar ela. Nem beijar. Eu queria, mas não posso. Ela diz que um dia a gente vai sair, mas esse dia nunca chega. Eu queria viajar com ela. Ir para o sul, no inverno, e para o litoral, no verão. Vê-la entrando no mar de biquíni, e depois de um mergulho me dar um beijo salgado. Mas eu não posso, ainda. O jeito é me contentar com aquele mar de ondas de seu cabelo. E puxar um assunto. Para ouvir “bunitinho, lindinho, bonzinho, queridinho...”. Vamos embora, garota de ondas no cabelo!

Ricardo Schneider, 5 de novembro de 2007.

domingo, 4 de novembro de 2007

Olha aqui, loira!

A loira anda todas as tardes por essa rua. A mesma rua onde eu passo todos os dias, menos domingo, porque domingo não saio de casa. A loira é bonita, mas sempre caminha com olhar diferente dos olhares normais das outras mulheres. A loira é misteriosa. Já vi ela indo, já vi ela vindo. As vezes levando o irmão mais novo ao colégio, outras levando ele pra casa. A loira sempre está sozinha. Sozinha e caminhando. Nunca vi a loira sorrir, mas isso nunca me importou. Ela já me viu passar também, olhou discretamente e continuou andando. Ela tem a pele clarinha, tão clara quanto leite. E o cabelo é bem loiro também, não é daqueles loiros oxigenados. É um loiro bem claro, mas natural. Eu queria parar a loira, dizer olá. Mas ela sempre passa tão preocupada. Acho que ela deve ter muitas coisas para fazer. Mas um simples ‘oi’ não toma tempo. Não, eu não quero só um ‘oi’. Eu queria conversar uma tarde inteira. Saber de onde ela vem, pra onde ela vai. Saber seu nome. Mas ela passa sempre tão preocupada, e eu sempre tão besta fico só olhando. Não quero estragar o caminhar da loira. E me contento com a imagem dela, ao por do sol, contra a luz, andando, enquanto seu cabelo reflete o entardecer. Olha pra cá, loira!


Ricardo Schneider, 4 de novembro de 2007.

sábado, 3 de novembro de 2007

A Lá Kibe Loco

Schwarzenegger diz que maconha não é droga.


"O governado da Califórnia (EUA), Arnold Schwarzenegger, provocou polêmica ao afirmar à revista GQ que maconha não é droga. Embora insista que o comentário foi uma brincadeira, a declaração ocorreu em meio a uma discussão sobre o fato de a maconha não estar sendo levada suficientemente a sério.
Apesar de ter admitido à revista ter fumado maconha na década de 1970, o governador da Califórnia disse que nunca consumiu drogas. "Isso não é droga. É uma folha", afirmou..."


Afinal de contas, quem melhor que ele pra falar de queimar um?

William Biagioli
em homenagem ao Kibeloco.


Não pegou a piada? tó ai então:

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2045160-EI8141,00.html

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Cine News por Ana Paula Pavão


O ex-canditato à presidência dos Estados Unidos Al Gore recebeu na semana passada o prêmio Nobel da Paz de 2007 por sua campanha com palestras ao redor do mundo na conscientização sobre o aquecimento global, retratada no ótimo documentário AN INCONVENIENT TRUTH (já em DVD) do diretor Davis Guggenheim, no ano passado. Merecido!!!

Falando em política...
Rendendo comentários, o thriller político RENDITION, estréia do dia 19 de outubro citado no Cine News de semana passada, questiona o uso da tortura nos interrogatórios da CIA, e acabou ganhando até mesmo um documentário especial do History Channel com depoimentos dos envolvidos nos quais foram baseados os personagens. Merryl Streep está muito mais diabólica que na comédia The Devil Wears Prada, no papel de Corrinne Whitman, expert em terrorismo da CIA. Confiram!

RESERVATION ROAD, contando com grandes nomes como Joaquin Phoenix, Mark Ruffalo, Mira Sorvino e Jennifer Connelly, num drama suburbano intenso e emocional que coloca dois pais de adolescentes frente a frente após a trágica perda dos filhos por acidente de carro. Dentre as estréias mais recentes, é a que mais se destaca.

PRÓXIMAS ESTRÉIAS (sexta-feira 26 de outubro)

ESPECIAL HALLOWEEN
Aos fãs dos “jogos sinistros” vem aí SAW IV, onde Jigsaw deixa de herança um pouco mais de terror para quem achava que depois de sua morte não haveria uma sequência.

AMERICAN GANGSTER, do diretor Ridley Scott, previsto agora para o início de novembro, com Denzel Washington e Russell Crowe, já gera expectativas e comparações prévias como Scarface (de Brian de Palma) e outros célebres filmes do diretor como Gladiator, Blade Runner, Black Hawk Down, Thelma e Louise e sua longa lista de campeões de bilheteria. Comentaremos...

PS..matéria publicada semana passada no Comunidade News NY NJ e CT.

Sorria, morena, sorria!

A morena foi criada no sul. Em meio aos pampas gaúchos. Correndo em meios às pradarias, com um sorriso estampado nos lábios. Ela corria pra lá e pra cá. Mais pra lá do que pra cá. Mas um dia resolveu andar um pouco no mapa e correu pra cá.
Aqui não faz tanto frio como lá, mas também faz frio. Também não faz tanto frio quanto fazia há algum tempo atrás. Culpa do tal aquecimento, dito global, que esquenta um lado, esfria outro, e assim vai. Foi ele quem pintou por aqui, esquentando uma noite. E depois dessa noite quente, a morena não agüentou. Ela não está acostumada com o calor. Mas ela sorria dele. Ela sempre sorri. Sempre sorria. Porque na manhã seguinte não sorriu. Culpa do calor. Desse tal aquecimento. Eu pensava que a pior conseqüência do aquecimento era o brejo chegar até a vaca, invertendo a ordem natural das coisas. Me enganei. A pior conseqüência é a morena não sorrir. Mas não é um calorzinho que irá acabar com o sorriso da morena. Afinal ela é morena. E foi criada no sul, em meio aos pampas, pradarias, vinho, queijo, churrasco e chimarrão.
Fui para a aula e a morena não estava. Mas amanha ela vai voltar. Sempre volta. Sempre volta sorrindo. Sorrindo pra lá e pra cá. Mais pra lá do que pra cá.
Volta a sorrir, morena!


Ricardo Schneider, 2 de novembro de 2007

Esse texto é em homenagem à morena que senta ali, à minha esquerda, em baixo da janela, na sala de aula. Ela diz não ser morena, diz ter o cabelo castanho, e diz que eu deveria ver uma embalagem de Wellaton antes de falar alguma coisa. Eu digo que não emporta se ela é morena ou castanha, que ela é bonita de qualquer jeito, desde que sorria.