sábado, 17 de maio de 2008

Neuroses Profundas

"Cidade vai fazer terapia para exorcizar má reputação"
Os habitantes de Vierzon estão convidados para participarem de um exercício um tanto singular, neste sábado, 17 de maio: uma sessão de psicanálise coletiva, em escala da cidade. Cerca de cinqüenta cadeiras de praia, dobráveis e de tecido, além de um divã de estilo Le Corbusier, serão instalados no decorrer da tarde numa esplanada situada à proximidade da estação ferroviária. O objetivo: ajudar Vierzon a "se livrar das suas neuroses profundas", conforme explica um panfleto.
E isso me fez pensar uma coisa, imagine por exemplo se alguém ousasse fazer algo semelhante em São Paulo. Se a cidade francesa que conta com 28.500 habitantes e tem neuroses profundas, imaginem a cidade de São Paulo. É realmente o negócio ta Freud.
Beijos
Uilian Biagi o quê?

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O talento

Só mais uma vai, eu juro, é que essa não devia passar em branco.
Está rolando, por que rola, na Internê, um banner, ou famoso Bani, do banco HSBC, que traz a frase. "Ser reconhecido no mundo todo é uma questão de talento".
Apesar da frase parecer ser otimista, eu discordo um pouco, afinal de contas tem uma porrada de gente aí que é reconhecida no mundo inteiro e não é por causa do seu talento. Ou talvez seja, mas pelo talento de se fazer merda. Não é meu caro amigo?




That´s All Folks!!!


O recordista infâme

17h32: Congestionamento em São Paulo já atinge mais de 160 km

O recorde foi de 266 km. Do jeito que o trânsito anda superando a cada semana recordes vai ser medalha de ouro fácil nas Olimpiadas. Pode computar ai. Trânsito Medalha de Ouro, maior recordista do Ano.

P.S: Olhem para mim depois, eu vou ser aquele cara com a placa escrito Eu já sabia!

W.B mais uma vez. beijundas.

Conclamamos ao retorno!

Senhoras e Senhores é com muito prazer que eu vim aqui dar uma comida de rabo!
É isso sim e ponto.
Bom, já é sabido que temos esse espaço algum tempo, e veja bem, falo diretamente com os maiores colaboradores dele: Tassiana e Ricardinho Schneider, o China.
Outro que é sabido é que cada um escreve o que quer, a hora que quer, e da maneira que quer, sempre levantando pontos sabidamente sábios. Hipóteses malucos. Metaliteratura. Escrever pelo prazer, deixar rolar, informar. Enfim, há um bom tempo que eu sinto que a galera anda meio entediada, ta tudo mundo meio cabisbundo, e veja bem, não me excluo da patota dos infelizes. Mas eu conclamo. Não paremos de escrever, pelo menos os meus olhos adoram ler vossos textos e aposto que algumas pessoas também gostam. Inda que seja vossas, nossas e minha mãe.
Um beijo e um abraço para vocês jaguardiones. não parem de escrever. Jamais!

W.B Está de volta.

O Cagaço eis a questão.

E o cagaço? E o cagaço que eu tenho de te ligar? O cagaço de saber se você está, ou estará pronta, ou então querendo me atender. Aí eu te pergunto, e o cagaço?
E o cagaço que faz o coração bater que nem bumbo do pelourinho anunciando o carnaval naqueles malditos instantes que precedem o alô? É o cagaço.
E o cagaço de ficar na espera agoniante dos barulhos espaçados que deixam qualquer galã experiente com cagaço da rejeição. É cabrons, no fundo no fundo, o que é o cagaço senão o glorioso medo da rejeição?
É o cagaço que me faz as vezes desligar após o primeiro toque. Mas geralmente é o cagaço que me faz ligar denovo também. Cagaço de ficar sozinho, cagaço do cansasso, cansasso do cagaço.
E ainda que haja uma pontinha de cagaço, eu não posso esconder o estardalhasso de ouvir uma palavra tão simples, que acaba com o cagaço, manda ele bem longe, lá pro espaço, um apenas e tão longíncuo Alô. É o cagaço.

O texto no final das contas é uma merda. Por falar em cagaço.

William Biagioli, aos 20 anos.

MORTE

Olha só...aposto que quando voce leu o título estranhou, ou não gostou!
POR QUE?
Porque ainda enfretamos certos tipos de tabus, relacionados a alguns temas.
E a morte é um deles....
Mas só não entendo as razões, pois desde o dia que nascemos não temos noção se seremos ricos, pobres, gordos, magros, felizes, empregados, virgens, putas, nem nada que se possa imaginar... Só sabemos que vamos morrer.

NA verdadade resolvi escrever sobre a morte em razão dela ter chegado para algumas pessoas conhecidas.

Existem muitos tipos de mortes, e para uma delas, uma tristeza diferente.

(A tristeza, acredito eu, vem do egoísmo de nós, humanos, que querermos ter sempre a matéria, aquilo que " dá pára tocar".... mas é tristeza).

A morte morrida de uma pessoa de idade, as vezes chega até ser bonito, poético... ja viveu, ja viu, ja pasosu, e agora....descansa.
Mas o assassinato de uma pessoa jovem, que nada fez, é doido....é uma história interrompida por uma pessoa que nada sabe da sua vida...é o futuro que acaba antes mesmo de chegar.

E o suicídio??? Nossa... ainda mais quando é um filho que faz.... NENHUM pai devia ter que enterrar um filho. Nao deve exister coisa mais TRISTE do que isso.

Perder um cachorro também é triste, e ele tendo que ser sacrificado também... Não deviamos ter a opção de escolher se ele deve morrer ou não... pq se ele devesse, teria morrido sozinho.
E fica a culpa também...
enfim...

É triste como a vida pode mudar em milesimos de segundos.. em uma freada, em um tiro, em um salto, em uma injeção, em uma piscada de olhos, em um deslize no boxe, na hora de dormir...!

Mas queria que daqui pra frente as coisas fossem diferentes: que ninguem chorasse a morte, pois se morreu é porque viveu.... E já que viveu, que tenha sido da melhor forma possível, que fiqum lembranças, risadas, lições...


Proximo passo: discutir sobre drogas, sexo, politica e religiao!
Quem se habilita?
WILLIAM...APAREÇAAAAAA!!!!

por: Tassiana Ghorayeb Resende - nao mais conseguindo expor as ideias como sao pensadas!
MAldito tgi!

domingo, 11 de maio de 2008

São Paulo Zero a Zero

Uma estrela cadente. Decadente. Uma loira, um desejo. A noite escura e fria. Arnaldo Antunes, Bob Dylan. Um ônibus. Poltrona 21, lado esquerdo. E alguns quilômetros por hora. Like a Rolling Stone.
Assim parti rumo à cidade sem fim.
Mas nem tudo são flores, e há alguns buracos nessa estrada empoeirada da vida. A estrela caiu, e acertou meu corpo em cheio. O peito. Que peito? Que corpo?
Na Praça Ramos eu a vida sobre a copa das palmeiras. Um dia de céu azul . E a sensação de que há vida acima do oitavo andar de qualquer edifício, com ou sem jardim. Com ou sem curvas.
Mas antes eu vi o orgulho estampado na cara do sossego. A sombra e a cerveja gelada. Óleo diesel e macarrão. Às vezes eu me pegava pensando em parar de me apaixonar. Mas foi diante do hall de entrada da Livraria Cultura da Paulista que eu desisti da ignorância e me atirei de boca no tempo perdido. Impossível não me encantar pelos "dotes informativos' da vendedora. Tive lucros e prejuízos. Me apaixonei sem discernimento e comprei um livro “um pouco mais barato que o normal”.
Os buracos foram aumentado, e as flores não desabrocharam numa tarde de domingo. Eu que me acostumei a ficar, tive de partir. Voltei a pôr o pé na estrada, cabeça longe. Outros quilômetros por hora. E parti decepcionando todas as minhas expectativas de encontrar um novo amor. Ou um velho, reciclado. Temporário. Um que não me fizesse olhar para cima. O topo das palmeiras na Praça Ramos, a estrela cadente.

Ricardo Schneider

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Segundo

Ta, tudo bem. Sou quieto, ando esquisito, e até então não quis dizer sobre os motivos que me levaram a ficar sem minha namorada.
Se você tiver algum interesse em saber, preste atenção nos próximos minutos.

Nunca fui de muitas palavras, mas aquela mulher, realmente, mexeu comigo.
Ela não precisava tirar de mim palavras....ela conseguia o que queria por ser quem era. Sem esforço, sem pedir, sem saber.
Linda, companheira, amiga, preocupada, dedicada.

Meu deus, o que eu fui fazer?!

Moro sozinho, sempre levei minha vida do meu jeito. As vezes nem banho queria tomar, porque afinal, não valia tanto a pena assim deixar de fumar um cigarro, para tomar um banho noturno.
Por ela até isso valia a pena.

A conheci no colégio, quando ainda éramos jovens adolescentes. Nem amigos naquela época a gente era. Mas um dia, sem mais nem menos, depois de algum tempo, ela me surpreendeu fazendo comprar:

- Você não é o...?? (sorrindo)
-Sou!! (meio sem jeito)
- NOssa!!! Quanto tempo! (simpatia) Onde você está indo?
- Para casa.
- Te acompanho.

Ela foi me contando sobre sua vida inteira, sobre o que fazia, o que fez, o que pretendia fazer. Sempre sorrindo.
Eu, que já sou quieto, me encantei com aqueles olhos, com o sorriso, com o jeito como ela mexia seus lábios para falar.

Nos beijamos por volta da uma e meia da madrugada. E desde então, eramos um casal.

Por deus, ela era perfeita!
Fazia amor ora como um devassa, ora como uma princesa. Não recusava um foda sequer, não pedia, não reclamava.

Foi tudo perfeito, até eu começar a me incomodar com o fato dela ser tão perfeita assim.
Não queria que ela saisse, não queria que falasse cm ninguem, que se mexesse - achava que todos veriam nela tudo que ela era para mim.

Foda. Um cara feito eu, quando fica apaixonado, perde a linha em segundos e sem motivos.

Mesmo assim, fui um bosta. Com toda luxúria que nos rodeava, eu a traí inúmeras vezes. Por quê? Porque caras são babacas. Queremos sempre comer umas bucetas diferentes.

Certo dia ela chegou em casa - já cansada de tanto discutir a toa comigo, de tanto problema que eu arrumava para coitada.
-Oi!
Foi em direção a cozinha, começou a lavar a louça, com a maior boa vontade do mundo - já que minha casa parecia um chiqueiro.
-Acho que você devia para de fumar (disse enquanto jogava fora as milhares de bitucas que encontrou nos cinzeiros de casa)
- Não enche meu saco.
- Credo. Estúpido. Isso ai ainda vai te matar.
- Vou morrer se ficar com você isso sim.

Parecia que eu não tinha mais controle sobre mim, nem sobre as palavras. E sem motivo algum.
Os cachorros do vizinho começaram a latir...
Meu sangue subiu.
- Sua vagabunda, foda-se que o cigarro vai me matar, FODA-SE! Você é uma corna! Filha da puta!
-?????????? VOCÊ TA LOUCO?
-CORNA, eu como várias vagabundinhas que nem você, enquanto você se preocupa que o cigarro vai me matar. Sua inútil

Joguei o cinzeiro no chão.
Mandei ela sair da minha casa

Não dei chance dela falar. Xinguei. Falei que tudo que não devia falar.
Quase bati nela.
Ela só falou assim:
-Bate, mas bate com força. VAI, BATE!
Não tive coragem...
Fiz ela quase engolir um cigarro inteiro, enquanto a segurava pelo braço.
Ela saiu.

Por que fiz isso?
Acho que além de punheteiro, eu sou um boçal de primeira linha.

As vezes sinto saudade dela. Mas não me atrevo a ligar.
Tenho vergonha. Pedi desculpas dez mil vezes por motivos que eu mesmo criei, e ela aceitou todos...Mas acho que por gostar dela, prefiro que fique bem longe de mim.
Assim posso ficar tranquilo caso pegue uma doença, em alguma das minhas andanças costumeira ou morra de câncer de pulmão.
Tem gente que não merece me conhecer. Ela foi uma delas.




Por: personagem da cabeça da Tassi - esse não foi tão bom quanto o 1º. Porém o terceiro virá.