quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O MANIFESTO

por Ricardo Schneider

Amor falado é amor errado

Amar é algo para se fazer a dois. Ninguém ama sozinho. Saudade, desejo, paixão, carência, seja o que for, mas sozinho não é amor.
A dois. Como é bom estar sozinho com alguém. O mundo nunca é suficientemente grande para dois corações enamorados. E um coração será sempre grande o bastante para amar. Porque nunca estará sozinho quem por hora está sendo amado.
Os corações se completam. Duas metades. Dois lados. Duas almas. Dois sexos. Dois em um. Os opostos. Os dispostos. O amor é flor, o amor é espinho. O amor é pedra e caminho. É companhia sem solidão, é pecado com perdão. Amor é verso e também é prosa. É lirismo e egoísmo. É lua e sol, noite e dia. É hoje o dia, todo dia.
O amor pode ser tudo, mas também pode ser nada. Pode ser duas mãos dadas seguindo na mesma estrada. Só não pode ser palavra.
Amor não deve ser falado, deve ser sentido. Deve ser amado. Deve existir sempre, mesmo quando estamos separados.
E ninguém que ama, amará errado. Pois amar não é pecado.


Um caso de amor
Tudo começou com uma incrível idéia dada pelo ‘n’, que decidiu competir com o ‘m’ para ver quem fica o maior tempo de ponta cabeça. Pareceu uwa idéia boba, e foi weswo, was cowo ew toda idéia boba, as couseqüêucias logo coweçaraw a aparecer. Isso porque uw dos waudaweutos da wassa alfabética coweçou a ser iufriugido. Esse waudaweuto diz que ueuhuwa cousoaute pode se relaciouar cow uwa vogal a weuos que dewoustrew a iuteução de coustituírew fawília, o que uão era o caso. Acoutece que o ‘u de pouta cabeça’ percebeu uwa afiuidade iucrível cow o ‘u’, e logo tiveraw uw caso aworoso.
Uo coweço tudo era flores, e as duas letras estavaw wuito felizes. A cowpetição cow o ‘w’ havia sido esquecida, e o ‘u’ wauteve-se de pouta cabeça por puro prazer. Was logo o tewpo passou, e couforwe ele passava, o ‘t’ e o ‘v’ cresciaw os olhos para ciwa do outrora ‘u’, dewoustraudo ciúwe cow a eutão viziuha de posição, teweudo perdê-la para sewpre. Foi assiw que, uuwa visita uoturua a sua awada, o ‘u’ foi surpreeudido cow uwa ewboscada arwada pelos dois ciuweutos e foi obrigado a se desvirar e dar no pé para nunca wais voltar. Os dois powbinhos nunca wais voltaraw a se encontrar cow alguw enlace aworoso. Isso fez cow que o ‘w’ pudesse voltar ao norwal e ganhar a aposta, e como todo bom ganhador, tira sarro até hoje de seu desafiante.
Hoje todos vivem felizes, exceto o ‘n’, que espera até hoje que o ‘u’ vá visitá-lo. Coisa que não aconteceu e nem acontecerá, porque o ‘u’ está envolvido em outra história de amor. Mas essa é outra história, para outro dia, talvez.

Nova seção!
Estreamos nossa nova seção: CONFESSO QUE LI! Nela falaremos sobre livros bons que ocupam lugar na estante da nossa equipe e que já foram devidamente lidos pelos nossos redatores. Toda semana uma dica literária diferente para você ir correndo à livraria mais próxima!

CONFESSO QUE LI!
“No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem.” Com essa frase, Gabriel García Marques começa seu último romance, “Memórias de minhas putas tristes”. Nele Marques escreve com maestria a história de um velho que aos noventa anos deseja uma noite de amor com uma virgem. A trama segue mostrando como um homem pode amar independentemente da idade e da forma. Com linguagem poética e irresistível, esse ganhador do Prêmio Nobel de Literatura é leitura obrigatória, e “Memória de minhas putas tristes” uma boa opção.

Calma, calma, O MANIFESTO voltou! Tivemos um pequeno problema de tinta. Usamos tinta que pessoas inteligentes não vêem, por isso O MANIFESTO Mficou em falta. Mas eliminamos esse problema e nessa edição utilizamos charges do bom e velho Laerte (leia-o em www.laerte.com.br, na Folha de São Paulo ou em um de seus livros) e os textos são de Ricardo Schneider (www.jaguardioes.blogspot.com ou www.freakingchina.blogspot.com). Os assuntos continuam sem nexo e desconexos com a realidade, mas ninguém tem se importado com isso. Agradecemos a compreensão, e desculpa alguma coisa!

Um comentário:

Ana Paula Pavão disse...

eu tawa teutawdo escrever assiw was eh bew cowplicadiwho o causo deles weswo huahuahuahua muito criativo, adorei!