segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Textículo: Em busca do sentido da vida

Andava, pois, calado, sem saber o que a vida poderia lhe aprontar. No centro, na cidade, na calçada, andava. Mudo, ouvia carros e buzinas soarem na imensidão de concreto com a qual a cidade fora esculpida. E andava. Sem rumo, mas andava. Mudo. Sentia o vento morno, esquentado pela poluição, passar pelo seu rosto. Rasgava-lhe a alma. E andava. Pensava, ora pois, em tudo aquilo. Enquanto andava. O mundo. O país, a cidade. O estado, seu estado. Sua vida. Buscava um sentido. Buscava o sentido da vida. E foi num instante. Um breve instante. Perdido em pensamentos. Uma luz, uma espécie de luz, surgiu em sua mente. Iluminou seus pensamentos. E foi então que ele descobriu que...
- Posso ajudar moço?
Não. Agora era tarde. Saiu da loja e foi embora.


Ricardo Schnaider, professor na arte de encher lingüiça, 20 de agosto de dois 1000 e sete.

2 comentários:

Anônimo disse...

OIE!!!
O QUE PROCURAVA NA LOJA??
OU ENTROU SÓ PRA PENSAR MESMO??
VIU SÓ? QUANTO TEMPO NÃO LIA SEU BLOG...
BJOSSSSS

Anônimo disse...

Seja bem vinda Patricia! Agora só escrevo nesse blogue.
Então, quanto às perguntas:
Ele não procurava nada na loja, entrou sem querer por estar perdido em pensamentos.A vendedora, muito competente, só quiz ajudar, mas não conseguiu.
Espero que goste dos textos e divirta-se!
Beijo e até a próssima.