Uma banda de novela. É isso. Apesar de eu ter perdido o começo do show, a parte que eu pude ver, aproximadamente uma hora, não teve nada de mais. A começar com um palco pra lá de mal decorado, com um pano de fundo escuro, o que ofuscou bastante a banda. A iluminação tava boa, diga-se de passagem. Mas foi só. Pouca interatividade com o público, por parte do vocalista. Músicas limitadas. E um término inesperado do show. Ficou faltando muito.
Há treze anos na estrada, a banda teve como vitrine para o Brasil a música “Eu sei”, participante da trilha de uma das novelas da única emissora que faz novelas, ou algo que se pode chamar de novela. Pois com um show desse eu daria mais treze anos de, digamos, anonimato, não fosse a novela.
Era esperado que, assim como os telespectadores de novelas, a primeira fila da platéia fosse um tanto quanto alienada, apesar de serem vestibulandos em sua maioria. Estranho foi ver que a primeira fila era maior que uma primeira fila costuma ser, indo até a última, em termos de alienação. O que não é problema, e sim é aparentemente a solução, para a banda. Afinal, é isso que eles devem querer para continuar tocando, nem que seja nas novelas.
“Toda a música que não pinta nada é apenas um ruído”
Alembert, Jean – "Discours préliminaire de l'Encyclopédie"
Ricardo Schneider, decepcionado, 16 de julho de 2007.
segunda-feira, 16 de julho de 2007
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5 comentários:
"da única emissora que faz novelas"
poxa, assim não dá, assm não pode. seu coment'rio está redondamente errado, meu amigo china.
e a record?? com a novela do gueto e aquela "cidadao brasileiro"..sem contar as tentativas frustradas do sbt e band..poxa..poxa..
Meu caro amigo Urso...assim como nem todo som é música, nem todo texto é literatura, nem todo filme é cinema e nem toda história é novela. Concordo que há mais canais de televisão tentando entrar nesse nicho, ou lixo, mas qual parâmetro usar pra definir o que é o quê? Como você mesmo falou, foram tentativas frustradas as do SBT e da Band. Quanto à Record, confesso que não sei quais novelas ela faz, e não estou nem aí para procurar saber, mas pelo que já pude perceber enquanto 'zapeava', falta muito para essa emissora. Se é que você me entende, "papito"! Além disso, você também se esquece das produções da "franquia" brasileira da MTV, como "O Proxeneta" e "Sinhá Boça". Pelo menos o "Hermes e Renato" faz do tosco (no bom sentido da palavra) uma solução, não um problema.
Espero ter conseguido me explicar nesse 'direito de resposta' e agradeço à crítica. Elas são importantes. Afinal, eu compartilho da mesma opnião de Churchill: "eu acho razoavel que todo mundo fale quarenta minutos, discuta e etc, e depois todo mundo concorde comigo."
Obrigado.
Foachim
Concordo ilimitadamente. Não estive lá, porém sua descrição analítica me fez crer que foi tudo como eu supunha. Que pena que você foi...ou não! Assim não teríamos uma leitura crítica dessa realidade. Supor às vezes não quer dizer nada. E criticar sem conhecimento de causa não dá.
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