segunda-feira, 2 de julho de 2007

Pelos Canos

Perdoem-nos pelos dias de silêncio, mas às vezes não falar é a melhor coisa. Enfim, voltamos às atividades rotineiras. Principalmente para contar uma historia. Uma historia real. O fato dela não ter acontecido é um mero detalhe.

Não muito longe daqui, em meio à folhagens e animais silvestres, uma descoberta é feita. O fato de essa descoberta ter ocorrido não foi por acaso. Afinal, uma pessoa estava procurando algo, e aparentemente havia encontrado. Isso foi bom para a pessoa que procurava. Mas para um senhor de aproximadamente cinqüenta anos, aquilo seria extremamente ruim. Não pelo fato de um oficial da Polícia Federal ter descoberto sua plantação de pés de maconha clandestina. Mas sim por esse mesmo policial ter atirado na direção desse mesmo senhor, causando-lhe um buraco na região torácica. Por uma incrível coincidência, a mesma região onde a bala entrou era onde ficava um órgão responsável por bombear sangue para o corpo, chamado de coração, que acabou sendo perfurado. O fato de o coração ter sido perfurado não foi o que matou o pobre homem. O que matou o pobre homem foi o fato dele não ter nenhum coração auxiliar pra essas horas de imprevisto.

Não muito longe dali, mas suficientemente próximo para que o mesmo policial pudesse chegar antes de o dia virar noite, e foi isso que ele havia feito, havia um incinerador. O mesmo policial colocava tijolos e mais tijolos de maconha dentro da abertura, e lá dentro a maconha queimava como se fosse a ultima coisa que ela fosse fazer na vida. Ao todo, cerca de cinqüenta quilos foram queimados, o que à essa altura não vai fazer nenhuma diferença para você.

Não muito longe dali, mas com certeza muito mais alto, um pelicano voava tranquilamente, planando pelo ar, deixando que o vento o levasse. Mas eis que a bicuda ave foi arrebatada por uma fumaça que saia de uma casinha, lá em baixo. Os efeitos disso foram terríveis, tão terríveis que não cabe a eu contar. Pelo menos não nesse horário. A única coisa que pode-se dizer é que o pelicano nunca mais foi visto, voando.

Não muito longe dali, algumas semanas depois, uma descoberta foi feita. Quem descobriu o que, ninguém sabe. Mas uma nova comunidade hippie foi formada por pelicanos, araras e periquitos. Eles ainda não descobriram isso. Também, no estado em que estão, eles não querem nem saber se o pato é macho, querem mesmo é comer o ovo!


Ricardo Schneider, de volta à ativa, por enquanto, 2 de julho de 2007.

PS.: a frase “eles não querem nem saber se o pato é macho, querem mesmo é comer o ovo” não é minha.

3 comentários:

Anônimo disse...

Hahaha comunidade hippie de Pelicanos foi ótimo!! hahahah

Adorei o texto maluco!!

Bjuxx

Anônimo disse...

hahahahah muito bom!!
parab�ns pelo blog, os textos sao excelentes!!

beijos!
ps: William, � a marcela da sua classe de ingl�s. Boas f�rias!

opeixeeabarbie disse...

ahuahauahauaha