Certa vez, cansado de suas andanças pelo centro da cidade à procura de emprego, um homem resolveu parar. Entrou em um estabelecimento, sentou-se e pediu um café com leite, dos grandes. Bebericava a bebida com a paciência necessária para não queimar a língua, e pensava. Apoiou sua cabeça em sua mão e perdeu-se em pensamentos. Olhar perdido, fixado no nada. Até que uma senhora, de uns setenta anos, mas com a aparência de oitenta, causada provavelmente pelo maço de cigarro e o folheto da igreja que carregava em uma das mãos. Enfim, essa senhora , que andava “para lá e para cá”, foi até o homem e pronunciou as palavras que romperam sua reflexão.
“Não pense muito moço, não adianta!”
A sentença teve o efeito inverso e fez o homem pensar o porquê estava pensando tanto. Ele pensou que ela estava certa e concluiu seu pensamento pensando que o pensamento deve ser pensado com cautela, para não ser desperdiçado.
O homem continuou a pensar, mas agora com outra perspectiva de pensamento.
A mulher provavelmente voltou a fumar e a ir à missa, embora ela já saiba o que estão tentando lhe dizer de cima do altar.
Ricardo Schneider, de bar em bar, sete do sete de dois mil e sete. Ou sete de julho de 2007, como queiram.
sábado, 7 de julho de 2007
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