ENPPEX - Encontro Nacional de Pesquisa e Extensão em Ciências Sociais Aplicadas. E daí?

A UEPG, Universidade Estadual de Ponta Grossa, receberá nessa semana a visita de uma poderosa prostituta. Ela não é muito conhecida pelos reles seres da cidade, mas para quem a conhece e participa de seus eventos ela é muito interessante. Atraente? Nem tanto. Mas, digamos, dá para o gasto. Barata? Com certeza é uma meretriz mal paga. O que não é de se levar em consideração, pois ela também é mal desejada pelos humildes seres acostumados com o sexo solitário.
Fato é que nessa semana há um ciclo de palestras, a qual qualquer cidadão poderá assistir. Basta entrar, sentar-se e aproveitar o momento. Como diria Marta, é só relaxar e gozar. Mas, para que possa receber o certificado com as horas, ao todo vinte e cinco, quase um dia de “sexo” educativo, os visitantes deverão desembolsar certa quantia monetária que não referirei, mas não é muita. Pois bem, até ai tudo bem. O que caracteriza a prostituição é o fato de que apenas comprar o bilhete já dá ao visitante a carga horária referida. Isso faz com que os estudantes não precisem sequer ir à um dos prédios onde ocorrerão os eventos. E também levará a um aumento da venda de cerveja no Cantinho do Estudante, o bar ao lado do campus central. Os alunos poderão tirar uma brevíssima féria de três dias. Isso porque com a transferência das aulas para o evento, quem comprar o ingresso não terá necessidade de assinar nenhuma lista de presença, afinal o certificado é uma prova cabal de que o aluno esteve presente.
Resumindo, é uma pouca vergonha mesmo. Mas afinal, se existe o sexo pago e o sexo gratuito, é bem verdade que o primeiro sai mais barato quase sempre!


Ricardo Schneider, de Ponta Grossa, PR, com tempo livre nos próximos dias, 17 de junho de 2007.