quinta-feira, 8 de maio de 2008

Segundo

Ta, tudo bem. Sou quieto, ando esquisito, e até então não quis dizer sobre os motivos que me levaram a ficar sem minha namorada.
Se você tiver algum interesse em saber, preste atenção nos próximos minutos.

Nunca fui de muitas palavras, mas aquela mulher, realmente, mexeu comigo.
Ela não precisava tirar de mim palavras....ela conseguia o que queria por ser quem era. Sem esforço, sem pedir, sem saber.
Linda, companheira, amiga, preocupada, dedicada.

Meu deus, o que eu fui fazer?!

Moro sozinho, sempre levei minha vida do meu jeito. As vezes nem banho queria tomar, porque afinal, não valia tanto a pena assim deixar de fumar um cigarro, para tomar um banho noturno.
Por ela até isso valia a pena.

A conheci no colégio, quando ainda éramos jovens adolescentes. Nem amigos naquela época a gente era. Mas um dia, sem mais nem menos, depois de algum tempo, ela me surpreendeu fazendo comprar:

- Você não é o...?? (sorrindo)
-Sou!! (meio sem jeito)
- NOssa!!! Quanto tempo! (simpatia) Onde você está indo?
- Para casa.
- Te acompanho.

Ela foi me contando sobre sua vida inteira, sobre o que fazia, o que fez, o que pretendia fazer. Sempre sorrindo.
Eu, que já sou quieto, me encantei com aqueles olhos, com o sorriso, com o jeito como ela mexia seus lábios para falar.

Nos beijamos por volta da uma e meia da madrugada. E desde então, eramos um casal.

Por deus, ela era perfeita!
Fazia amor ora como um devassa, ora como uma princesa. Não recusava um foda sequer, não pedia, não reclamava.

Foi tudo perfeito, até eu começar a me incomodar com o fato dela ser tão perfeita assim.
Não queria que ela saisse, não queria que falasse cm ninguem, que se mexesse - achava que todos veriam nela tudo que ela era para mim.

Foda. Um cara feito eu, quando fica apaixonado, perde a linha em segundos e sem motivos.

Mesmo assim, fui um bosta. Com toda luxúria que nos rodeava, eu a traí inúmeras vezes. Por quê? Porque caras são babacas. Queremos sempre comer umas bucetas diferentes.

Certo dia ela chegou em casa - já cansada de tanto discutir a toa comigo, de tanto problema que eu arrumava para coitada.
-Oi!
Foi em direção a cozinha, começou a lavar a louça, com a maior boa vontade do mundo - já que minha casa parecia um chiqueiro.
-Acho que você devia para de fumar (disse enquanto jogava fora as milhares de bitucas que encontrou nos cinzeiros de casa)
- Não enche meu saco.
- Credo. Estúpido. Isso ai ainda vai te matar.
- Vou morrer se ficar com você isso sim.

Parecia que eu não tinha mais controle sobre mim, nem sobre as palavras. E sem motivo algum.
Os cachorros do vizinho começaram a latir...
Meu sangue subiu.
- Sua vagabunda, foda-se que o cigarro vai me matar, FODA-SE! Você é uma corna! Filha da puta!
-?????????? VOCÊ TA LOUCO?
-CORNA, eu como várias vagabundinhas que nem você, enquanto você se preocupa que o cigarro vai me matar. Sua inútil

Joguei o cinzeiro no chão.
Mandei ela sair da minha casa

Não dei chance dela falar. Xinguei. Falei que tudo que não devia falar.
Quase bati nela.
Ela só falou assim:
-Bate, mas bate com força. VAI, BATE!
Não tive coragem...
Fiz ela quase engolir um cigarro inteiro, enquanto a segurava pelo braço.
Ela saiu.

Por que fiz isso?
Acho que além de punheteiro, eu sou um boçal de primeira linha.

As vezes sinto saudade dela. Mas não me atrevo a ligar.
Tenho vergonha. Pedi desculpas dez mil vezes por motivos que eu mesmo criei, e ela aceitou todos...Mas acho que por gostar dela, prefiro que fique bem longe de mim.
Assim posso ficar tranquilo caso pegue uma doença, em alguma das minhas andanças costumeira ou morra de câncer de pulmão.
Tem gente que não merece me conhecer. Ela foi uma delas.




Por: personagem da cabeça da Tassi - esse não foi tão bom quanto o 1º. Porém o terceiro virá.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gente.....eu vou apagar esse post!
nao gostei! e ja quero mudar!

grata