Eu não limito minha vida a fazer apenas as coisas possíveis. Espero que me entenda, mas não é muito comum me encontrar em outras pessoas. Sobre sentimentos eu entendo. ‘Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo’, mas que Drummond me perdoe, o mundo que se dane, o que calha para mim sou eu e mais um conjunto limitado de pessoas as quais eu simpaticamente apelidei de amigos – num gesto de ternura ou numa atitude desesperada para fugir da solidão, tanto faz – que correspondem ao meu mundo. À vida, um brinde! Seja lá qual for o motivo, sempre há um ou dois. Nas estantes há vários livros, e para quem os vê eles são apenas isso mesmo, livros. Mas para quem passou boa parte dos últimos anos infiltrado nesse universo imaginário eles são bem mais que folhas de papel. Eles são as historias que eu posso viver, se eu quiser, e se for possível, ou não.
É engraçado. Às vezes eu me pego escrevendo coisas sobre mim, como se alguém um dia fosse se importar com meus pensamentos vagos. Mas pelo sim pelo não eu sempre continuo, às vezes mais rápido, às vezes mais devagar, às vezes parado, se isso for possível, ou não. O importante, na verdade, é chegar à tempo de pegar a cerveja ainda gelada.
Ricardo Schneider
sábado, 15 de março de 2008
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