sábado, 2 de agosto de 2008

Aqui, ali e acolá.

Eu estive por aí. Andei pelas ruas da tua cidade. Vi as luzes cintilantes de um frenesi de átomos e zumbidos incessantes. Subi tuas subidas, e desci tuas descidas, me desculpe a redundância meu caro, mas é que vai fazer tantas subidas, e tantas descidas, lá no inferno. Desculpe, no inferno não há subidas, é um caminho estreito e direto na descendente.
E continuei por ali, aqui e acolá. Senti o sopro da madrugada tentar levar a minha mente para dançar. E depois de seguidas tentativas obstinadas, desistiu. Ela já tinha ido.

Passei por construções que você ergueu meu caro, ou que pelo menos ajudou de alguma forma a erguer. Prova concreta que que com o passar do anos as coisas podem ficar em pé, é só fazer bem feito durante todos os outros anos anteriores. Díficil.

Vivi sendo e não sendo. Fui e Não fui. Sou boa parte de seus erros, e dos acertos também, ora pois!. Senti o peso do dedo em riste que apontaram para mim. Fiz alguns sorrirem. Mas não nego, chorei em alguns momentos com a mais sincera e escorrida lágrima, inda que o riso ainda comandasse o rumo das coisas. Bobagem lírica.

Bebi suas bebidas, comi suas comidas (e como!) fumei seus cigarros, beijei o chão, e tive a redenção nos olhos de tuas mulheres. Doce redenção, talvez tenhas criado apenas para deleite dos mortais homens, assim como eu. Eu entendo poderoso Éon. Algumas de beleza admirável, uma rara beleza, assim como a gaivota que voa ali no céu, ali oras, do lado de fora da minha janela, um pouco mais pra cima, o céu. Lembra? E da Gaivota? E do bater de asas? Pois é meu caro, admirável são tuas pernas, eu disse a ela, e ela acusou um sorriso de canto, talvez ela tenha gostado, talvez não. Quem se importa? Talvez eu. Maldita hora pra me lembrar dos pensamentos. Eu os tive (e como!). Do lado aonde bate sombra é mais frio, e é por lá que alguns caras andam. Outros gostam sempre de estar na luz. Nas poderosas baterias de iluminação. Efêmero. Passageiro. Não há luz que não precise do escuro. E nem escuro que sobreviva muito tempo sem a luz. Mistérios da tua criação meu caro. Verdade, tentar descobrir o porquê é um saco, mais fácil constatar, e ir tocando em frente. Assim como a boiada. No campo. Lembra? O café? O pão-de-queijo? A vovó? O cheiro de mato (calma D2) recém-cortado, com hífen pois o hífen é a cerca da palavra, e te lembra da cerca? que cercava o mato? Era o limite da nossa imaginação.

Pois é meu caro, eu andei por aí, e espero continuar andando. Sempre que puder te mando algumas notícias. Mas nem tudo está perdido.
Um abracadabrasso, do William.


Até a Próxima.
(02/08/2008)

Um comentário:

Anônimo disse...

Sensacional!!!!